Publicado em 17 de dezembro de 2019 às 11:30
O deputado Eduardo Bolsonaro (SP) voltou nesta segunda-feira (16) a ocupar a posição de líder do PSL na Câmara. >
Em mais um capítulo da briga interna que se arrasta desde o meio de outubro, deputados da ala bolsonarista recém-reintegrados à legenda por decisão judicial conseguiram nova lista e destituíram Joice Hasselmann (SP) do posto. >
Na última semana, duas reviravoltas marcaram a disputa interna entre o grupo ligado ao presidente Jair Bolsonaro e o grupo ligado ao presidente do PSL, Luciano Bivar (PE). >
Os deputados da ala bolsonarista foram suspensos na terça (10), em cumprimento da decisão da executiva nacional do partido. Com isso, Eduardo foi apeado da liderança e substituído por sua rival, Joice, na quarta (11).>
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No entanto, horas depois, a 4ª Vara de Brasília determinou que as punições fossem suspensas até o final da deliberação sobre um processo que pede a nulidade da reunião do diretório. O PSL está recorrendo.>
Segundo a decisão do juiz Giordano Resende Costa, faltou divulgação das informações sobre editais de convocação da reunião. >
"A publicidade é um princípio basilar e nada pode ou deve ser feito às escondidas. É um vício gravíssimo e insanável, a feitura de uma assembleia cujo mote é a punição administrativa de 18 parlamentares federais", diz o texto.>
Com isso, os 14 deputados bolsonaristas puderam voltar às suas funções partidárias, inclusive a de assinar lista para pedir a mudança de líderes. >
Haviam sido suspensos, além de Eduardo, Bibo Nunes (RS), Alê Silva (MG), Daniel Silveira (RJ) Bia Kicis (DF), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP), Carlos Jordy (RJ), Vitor Hugo (GO), Filipe Barros (PR), General Girão (RN), Sanderson (RS), Cabo Junio Amaral (MG), Carla Zambelli (SP) e Marcio Labre (RJ).>
Joice, por sua vez, é representante do grupo bivarista da sigla. O apelido é dado àqueles que tomaram o lado do presidente do partido após sua briga com Bolsonaro em outubro.>
Na época, Bolsonaro disse a um apoiador no Palácio da Alvorada que Bivar estava "queimado para caramba".>
A frase foi o estopim de uma briga pública que culminou na saída de Bolsonaro do PSL. Ele tem a intenção de fundar uma nova sigla, a Aliança pelo Brasil. >
Para a bancada ligada ao presidente, porém, seguir o mesmo caminho não é tão simples, e a disputa se arrasta. Deputados federais não podem deixar as siglas pelas quais foram eleitos sem perder o mandato, salvo ocasiões especiais (como expulsão da legenda ou discriminação pessoal).>
Por isso, permanecem no PSL até encontrarem uma saída viável. Os parlamentares apostam na tese jurídica de perseguição para dizer que é insustentável permanecer no PSL e que portanto teriam direito de migrar.>
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