Publicado em 31 de janeiro de 2020 às 15:55
O comércio foi o setor que puxou a geração de vagas no trimestre encerrado em dezembro, com 376 mil contratados a mais que no trimestre terminado em setembro. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta sexta-feira (31) , pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).>
"Não é que só o comércio que tem contratado, mas ele é que se destaca", apontou Adriana Beringuy, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, ressaltando que o setor também se destacou na geração de empregos com carteira assinada, mesmo que temporários.>
As contratações de trabalhadores temporários pelo comércio são um movimento sazonal, característico do fim do ano, que tradicionalmente contribui para o recuo na taxa de desemprego.>
"O ponto de final de ano com certeza tem efeito da sazonalidade. Há anos em que temporários são dispensados no primeiro trimestre do ano seguinte, há anos em que não. O que a gente sabe é que no quarto trimestre (de 2019), a sazonalidade foi bastante intensa. Agora, o aproveitamento dessa sazonalidade para 2020 a gente tem que aguardar", confirmou Adriana Beringuy.>
>
A taxa de desocupação diminuiu de 11,8% no trimestre encerrado em setembro para 11,0% no trimestre terminado em dezembro.>
"Isso tem a ver com mais contratação, principalmente a partir do terceiro trimestre. Teve expansão da população ocupada em diversas atividades. O aumento da ocupação no quarto trimestre foi generalizado", disse Adriana Beringuy.>
Na passagem do trimestre terminado em setembro para o trimestre encerrado em dezembro, houve contratações também nas atividades de outros serviços (+151 mil ocupados), indústria (+112 mil), serviços domésticos (+56 mil), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+49 mil), alojamento e alimentação (+179 mil), transporte (+27 mil) e informação, comunicação e atividades financeiras (+10 mil).>
Por outro lado, houve demissões na agricultura, pecuária, produção florestal pesca e aquicultura, com 178 mil trabalhadores a menos em um trimestre, e na construção, menos 38 mil.>
Em relação ao patamar de um ano antes, todas as atividades geraram vagas, com exceção da agricultura, que perdeu 56 mil trabalhadores ante o trimestre até dezembro de 2018. As contratações ocorreram na indústria (388 mil vagas a mais), informação, comunicação e atividades financeiras (+221 mil), transporte (+148 mil), alojamento e alimentação (+282 mil empregados), outros serviços (+221 mil pessoas), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+216 mil vagas), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (+272 mil vagas), serviços domésticos (+129 mil) e construção (+14 mil trabalhadores).>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta