Publicado em 6 de dezembro de 2019 às 17:32
A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBOT) afirmou que o Brasil registrou três casos de lesões pulmonares associadas ao uso de cigarro eletrônico (Evali, na sigla em inglês) nas últimas semanas.>
Segundo a entidade, os pacientes usaram dispositivos adquiridos nos Estados Unidos com THC (tetrahidrocanabinol, substância da maconha com efeitos psicoativos).>
Os sintomas respiratórios das lesões podem incluir tosse, dor torácica e dispneia. Também são comuns sintomas gastrointestinais, como dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia, e sintomas inespecíficos, como febre, calafrios e perda de peso.>
As alterações nos exames de imagem também são inespecíficas, "com predomínio das consolidações e/ou vidro fosco em ambos os pulmões". O aumento dos leucócitos, do PCR e das enzimas hepáticas também é frequente em quem tem os danos.>
>
Nos EUA, o acetato de vitamina E, um óleo, foi apontado como provável culpado pela epidemia que atingiu mais de 2.000 pessoas e matou pelo menos 39.>
O tratamento, diz a SBOT, consiste na suspensão do uso do cigarro eletrônico, medidas de suporte clínico, incluindo oxigênio e, quando necessário, ventilação não invasiva ou invasiva.>
As lesões associadas ao cigarro eletrônico são facilmente confundidas com a doença respiratória causada pelo vírus influenza e, nessa situação, o paciente deve receber antiviral precocemente e colher exames para confirmação desse diagnóstico.>
O corticoide sistêmico pode ser útil em pacientes hospitalizados. No entanto, seu papel ainda não foi avaliado nos pacientes ambulatoriais.>
A SBOT sugere aos pneumologistas e clínicos em geral que utilizem os critérios diagnósticos e classificatórios divulgados pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC), dos EUA.>
Pacientes dispneicos ou com saturação de oxigênio inferior a 95%, e com doenças crônicas, a critério do médico assistente, devem ser internados. Já os pacientes ambulatoriais devem ser reavaliados dentro de 24h a 48h.>
O cigarro eletrônico não é regulamentado no país, e a maior parte dos dispositivos é obtida ilegalmente.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta