> >
Brasil fecha o mês mais letal da pandemia com novo recorde: 3.950 mortes em 24h

Brasil fecha o mês mais letal da pandemia com novo recorde: 3.950 mortes em 24h

Em março, 66.868 morreram pelo novo coronavírus, 20.799 nos últimos sete dias

Publicado em 1 de abril de 2021 às 09:27- Atualizado há 3 anos

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
Imagens da chegada dos pacientes de Manaus infectados pelo coronavírus ao Hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra
As mortes dos últimos 31 dias superaram a maior marca anterior, de julho, quando 32,9 mil pessoas morreram em decorrência da doença. (Fernando Madeira)

O Brasil registrou 3.950 novas mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, marca que representa um novo recorde diário de vítimas, de acordo com dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa. O País tem assistido a um crescimento vertiginoso de casos, internações e óbitos pela doença ao longo do último mês. Em março, 66.868 morreram pelo novo coronavírus, 20.799 nos últimos sete dias.

A última semana foi a que mais acumulou óbitos em toda a pandemia. A marca também vale para o mês de março de 2021, o mais letal de todo o período. As mortes dos últimos 31 dias superaram a maior marca anterior, de julho, quando 32,9 mil pessoas morreram em decorrência da doença. O número de março deste ano é, portanto, mais que o dobro do pior momento da pandemia no ano passado.

A média móvel diária de óbitos ficou em 2.971 nesta quarta-feira. Essa média leva em consideração dados dos últimos sete dias e, na prática, soma os registros do período e divide por sete para entender a tendência da curva. Ela está acima de 2 mil desde o dia 17 de março e agora se aproxima das 3 mil vítimas diárias, o que coloca o Brasil com a maior média de todo o mundo no momento. Em toda a pandemia, os óbitos chegaram a 321.886.

O cenário é formado por uma piora considerável nos dados de Estados nas diferentes regiões. Onze Estados estão atualmente com a maior média diária de mortes de toda a pandemia: Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. A maior média absoluta é observada em São Paulo, onde morreram 821 pessoas a cada 24 horas nos últimos sete dias.

Vinte e quatro Estados e o Distrito Federal mantêm a taxa de ocupação de leitos de UTI destinados a pacientes com covid-19 acima de 80%, mostra um boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta terça-feira, 30. Entre esses Estados, dezessete e o DF possuem taxa acima dos 90%, indicando a continuidade da pressão causada pela doença sobre o sistema de saúde nacional.

O número de novos casos da doença confirmados nas últimas 24 horas ficou em 89.200, segundo dados reunidos junto às secretarias estaduais de Saúde pelo consórcio formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL. No total, o País soma 12.753.258 diagnósticos confirmados da doença. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem 11.169.937 recuperados e 1.257.295 pessoas em acompanhamento médico.

O comitê de crise criado pelos três poderes para avançar nas medidas contra a pandemia teve uma nova reunião nesta quarta-feira. No encontro, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reforçaram a necessidade de uso da máscara e do distanciamento social. A posição não foi seguida pelo presidente Jair Bolsonaro, que criticou medidas de isolamento e lockdown.

Consórcio reúne dados desde o dia 8 de junho

Este vídeo pode te interessar

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais