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Bolsonaro pede a Moraes que devolva seu passaporte para viagem a Israel

Bolsonaro pede a Moraes que devolva seu passaporte para viagem a Israel

Após arquivamento da investigação sobre sua passagem pela embaixada da Hungria, ex-presidente solicita a devolução do documento para sair do País

Publicado em 26 de abril de 2024 às 19:26

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BRASÍLIA - O ex-presidente Jair Bolsonaro pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a devolução de seu passaporte para visitar Israel no próximo mês, a convite do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. A defesa do ex-chefe do Executivo requer a restituição do documento, ainda que de forma temporária, para uma "viagem seis dias e sete noites", sem data definida por hora.

O passaporte de Bolsonaro foi confiscado por Moraes na Operação Tempus Veritatis – apuração sobre uma suposta tentativa de golpe que teria sido gestada em seu governo. A medida foi mantida no bojo da investigação sobre o episódio em que o ex-presidente ficou hospedado na sede da Embaixada da Hungria, em Brasília.

A estadia de Bolsonaro na representação diplomática húngara levantou suspeitas de que ele poderia estar buscando asilo para evitar sua prisão. No entanto, na última quarta-feira (24), o ministro do STF mandou arquivar o caso, sob o argumento de que não haviam "elementos concretos" que implicassem o ex-presidente. A apuração acabou arquivada, mas a proibição de Bolsonaro deixar o País foi mantida.

O ex-presidente Jair Bolsonaro durante evento no Palácio do Planalto
Jair Bolsonaro planeja viagem a Israel com duração de seis dias e sete noites. (Isac Nóbrega/PR)

Segundo os advogados de Bolsonaro, a autorização para a viagem "não acarreta qualquer risco" às investigações da Operação Tempus Veritatis "considerando os compromissos previamente agendados no Brasil, que demandam a presença do ex-presidente após seu retorno de Israel".

"Esta circunstância não apenas atesta a responsabilidade e comprometimento do solicitante com suas obrigações locais, mas também reforça a natureza transitória e temporária da viagem em questão", alegam os sete advogados que subscrevem a petição a Moraes.

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