Publicado em 26 de junho de 2020 às 08:22
No dia em que o consórcio de veículos de imprensa registrou que o Brasil passou das 55 mil mortes em decorrência do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, na noite desta quinta-feira (25), que houve excesso de preocupação com a crise sanitária no país. >
"Não podemos ter aquele pavor lá de trás, que chegou junto à população e houve, no meu entender, um excesso de preocupação apenas com uma questão [saúde] e não podia despreocupar com a outra [economia]", disse Bolsonaro em sua live semanal, pouco antes da divulgação de que o país registra 55.054 óbitos pela Covid-19.>
Desde o início da crise no Brasil, Bolsonaro tem condenado a atenção exclusiva ao problema sanitário e equiparado a questão de saúde à depressão econômica decorrente da pandemia.>
Na mesma transmissão, o presidente voltou a dizer que acredita já ter sido contaminado pelo novo coronavírus e afirmou que deve fazer novo exame.>
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"Eu não sei se já peguei. Fiz dois testes lá atrás, deu negativo. Alguns acham que já peguei, não senti nada, não sei. Eu posso até fazer o teste novamente para ver se tenho anticorpos já. Eu acho que já peguei, está certo?", disse Bolsonaro.>
"Mas isso vai do perfil, da vida sanitária de cada um. É de cada um. Pode ser gente da minha idade que não está bem fisicamente, se for acometido do vírus, vai ter problema. Tem que tomar cuidado no tocante a isso daí", afirmou o presidente.>
No início da live, ao lado do ministro Paulo Guedes (Economia), Bolsonaro pediu ao presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Gilson Machado Neto, tocasse na sanfona a "Ave Maria" em homenagem às vítimas do coronavírus.>
"Queríamos prestar uma homenagem aos que se foram, vítimas do coronavírus", disse Bolsonaro.>
Na mesma live, Bolsonaro afirmou que o general Eduardo Pazuello está fazendo um bom trabalho como interino à frente do Ministério da Saúde, mas que, se encontrar um médico com capacidade de gestão, pode fazer uma troca.>
"A parte de gestão está excepcional, nunca vi isso na história do Brasil na questão de gestão. Sabemos que não é medico, mas ele está com uma equipe fantástica dentro do Ministério da Saúde. Sabemos que muitos querem que a gente coloque lá um médico, agora um médico dificilmente é gestor. Se aparecer um médico gestor, a gente conversa com o Pazuello e vê como fica.">
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