Publicado em 8 de maio de 2023 às 19:58
SÃO PAULO - Mensagens que constam na investigação da Operação Verine indicam interlocução do major Ailton Barros em 'tratativas para golpe' não só com o ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid, mas também com o ex-assessor especial da Casa Civil, o coronel Elcio Franco. >
Em áudio, o coronel, que foi número 2 do Ministério da Saúde na gestão de Eduardo Pazuello no auge da pandemia, diz que o então comandante do Exército Freire Gomes 'teria medo das consequências' de uma eventual tentativa golpista.>
Em áudio, cuja transcrição foi divulgada com exclusividade pela jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil, nesta segunda-feira (8), o coronel que foi o número 2 da Saúde teria afirmado: "Olha, eu entendo o seguinte: é Virgílio. Essa enrolação vai continuar acontecendo. O Freire não vai. Você não vai esperar dele que ele tome a frente nesse assunto, mas ele não pode impedir de receber a ordem. Ele vai dizer, morrer de pé junto, porque ele está mostrando. E está com medo das consequências, pô. Medo das consequências é o quê? Ele ter insuflado? Qual foi a sua assessoria. Ele está indo para a pior hipótese. Qual é a pior hipótese. Ah deu tudo errado, o presidente foi preso e ele foi chamado a responder".>
O coronel segue, ensaiando uma eventual autodefesa para o comandante do Exército: "Eu falei ó, eu, durante o tempo todo diz que [trecho initeligível] contra o presidente. Falei que não. Falei ó, durante o tempo todo [ininteligível] contra o presidente. Falei que não, que não deveria fazer. E pronto. Vai para o Tribunal de Nuremberg desse jeito. Depois que ele me deu a ordem por escrito, eu comandante da força tive que cumprir. Essa é a defesa dele, entendeu? Então sinceramente é dessa forma que tem que ser visto".>
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O interlocutor de Elcio é o major Ailton Gonçalves Moraes Barros, que é considerado peça-chave no 'êxito' de fraude na carteira de vacinação da mulher do tenente-coronel Mauro Cid. Além disso, o militar que foi expulso do Exército está na mira da Polícia Federal por trocar mensagens com 'tratativas de um golpe de Estado'.>
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