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Aposta de Bolsonaro, Tarcísio admite disputar o Senado

Aposta de Bolsonaro, Tarcísio admite disputar o Senado

Há meses, Bolsonaro trabalha com a ideia de que Tarcísio é o nome mais viável para derrotar um candidato lançado por João Doria (PSDB) na sucessão ao Bandeirantes

Publicado em 11 de setembro de 2021 às 10:37

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O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, espera dobrar a malha ferroviária do país nos próximos anos
Tarcísio de Freitas, ministro da Infraestrutura. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Citado pelo presidente Jair Bolsonaro como opção para o governo de São Paulo em 2022, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, admitiu pela primeira vez, em entrevista ao Estadão/Broadcast, que pode entrar na disputa eleitoral, mas não necessariamente pelo Palácio dos Bandeirantes.

"Vou caminhar junto com o presidente. Não sei se exatamente num governo de Estado, não sei se em São Paulo. De repente no Parlamento, em Goiás. Por exemplo, por que não o Senado em Goiás?", disse ele, que também mencionou a possibilidade de concorrer por Mato Grosso. Carioca radicado em Brasília, Tarcísio, que nunca concorreu, não tem ligação com nenhum dos dois Estados.

Fortes no agronegócio, Goiás e Mato Grosso são destinos de obras consideradas "cartão de visita" do Ministério da Infraestrutura, o que poderia ajudá-lo.

O ministro tem marcado presença nas viagens de Bolsonaro pelo país. Nos atos de 7 de setembro, em que o presidente ameaçou o Supremo Tribunal Federal, subiu no carro de som ao lado do chefe tanto em São Paulo quanto em Brasília. No comício na Avenida Paulista, o presidente passou o microfone ao auxiliar. "Depois de ouvir o presidente, não tem nem mais o que dizer. Vamos lutar pela nossa liberdade, pela liberdade de empreender, prosperar, de vencer", discursou Tarcísio.

Popular nas redes sociais e prestigiado pelo presidente, Tarcísio se tornou ativo importante para Bolsonaro, que viu sua aprovação cair nos últimos meses. Formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, o ministro é responsável por comandar a pasta que entregou algumas das promessas da área de infraestrutura e promoveu uma série de leilões, acumulando capital político entre simpatizantes do governo.

Questionado se a radicalização do discurso de Bolsonaro não põe a lista de "realizações" em segundo plano, Tarcísio negou. "Tudo o que aconteceu foi na batuta do presidente. O presidente vai mostrar isso, e a gente vai caminhar bem", afirmou.

Há meses, Bolsonaro trabalha com a ideia de que Tarcísio é o nome mais viável para derrotar um candidato lançado por João Doria (PSDB) na sucessão ao Bandeirantes - o mais cotado hoje é o vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB). "Se ele resolver vir candidato a qualquer local, a decisão é dele, né? Mas pode ter certeza de que se ele vier candidato por São Paulo, ele nem precisa fazer campanha porque, afinal de contas, vão ser os velhos políticos contra o Tarcísio", disse Bolsonaro no fim de julho.

À reportagem, Tarcísio afirmou que quer "continuidade" e, portanto, tem como projeto a reeleição de Bolsonaro. Se conquistar uma cadeira no Parlamento, poderia se licenciar para voltar a ser ministro em 2023. "É uma possibilidade (se licenciar de eventual mandato de senador para ser ministro). Adoraria ver isso tudo ser concretizado lá na frente. Mas sempre na lógica: o que ajuda mais o presidente, onde a gente tem que estar para caminhar junto do presidente?

Quais as melhores combinações de palanque em cada um dos Estados?", disse o ministro, que ocupou cargos de confiança nas gestões de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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