> >
Após decisão, deputados criticam Exército por deixar Pazuello "impune"

Após decisão, deputados criticam Exército por deixar Pazuello "impune"

O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou já estar na hora de a Casa discutir a PEC que veda aos militares da ativa a ocupação de cargo civil na administração pública

Publicado em 3 de junho de 2021 às 18:18

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
Ex-ministro Eduardo Pazuello na CPI da Covid em 19/05/2021
Ex-ministro Eduardo Pazuello na CPI da Covid. (Jefferson Rudy/ Agência Senado)

Após decisão do Exército de não punir o general Eduardo Pazuello por participação em ato ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), deputados foram às redes criticar a instituição. O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou já estar na hora de a Casa discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que veda aos militares da ativa a ocupação de cargo de natureza civil na administração pública.

A autora da proposta, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), afirmou que a "sensação" de não se saber "onde termina o governo e começa o Exército" é a pior coisa que pode acontecer às Forças Armadas. Para os deputados Jorge Solla (PT-BA) e José Guimarães (PT-CE), a decisão abre espaço para "novas transgressões" por parte de militares "ao deixar Pazuello impune". "Sem tergiversar, é a maior vitória de Bolsonaro em favor de um golpe até aqui", disse Solla. Para Guimarães, a falta de medidas contra o general dá "carta branca" para que "qualquer patente cometa o mesmo erro ou coisa pior".

Na mesma linha, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) classificou a falta de punição como um "atentado à democracia". No Twitter, Valente acusou o Exército de se curvar a Bolsonaro. "Está instalada a anarquia militar", afirmou o parlamentar. A ex-aliada de Bolsonaro e deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) também entrou no coro de críticas às Forças Armadas. "Como pode a cúpula do Exército ficar de joelhos para um político?", questionou, acusando Bolsonaro de estar "destruindo nossas instituições".

Para Orlando Silva (PCdoB-SP), "ao ceder a Bolsonaro e aceitar a imposição da desordem, o comando trincou o mais importante estamento militar". Marcelo Freixo (PSOL-RJ) também comentou o caso, declarando que o Exército está se "desmoralizando" diante da "delinquência" de Bolsonaro.

O comando do Exército anunciou nesta quinta-feira que o ex-ministro da Saúde e general Eduardo Pazuello não cometeu "transgressão disciplinar" por ter participado de ato político no Rio de Janeiro ao lado do presidente Jair Bolsonaro.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais