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É médico cirurgião do aparelho digestivo

Obesidade, o mal que avança em larga escala

Tendo em vista que o sedentarismo é um dos principais responsáveis pelo excesso de peso, a prática regular de atividade física desponta como uma das medidas essenciais tanto para combater quanto para prevenir a obesidade

  • Gibran Sassine É médico cirurgião do aparelho digestivo
Publicado em 03/11/2022 às 10h00

Os riscos da obesidade, evidenciados por pesquisas científicas, estudos em desenvolvimento e principalmente nos crescentes índices da doença que afeta boa parte da nossa população, acendem alertas cada vez mais preocupantes.

Fator de risco para muitas comorbidades, a obesidade compromete a saúde de muitos brasileiros, e a estimativa é de que atinja níveis ainda mais elevados nos próximos anos.

Previsões de um estudo realizado pelo Atlas Mundial da Obesidade em 2022 e divulgado pela Federação Mundial da Obesidade, estimam que 29,7% da população adulta do Brasil sofram com obesidade até 2030. Desse total, 33,2% serão mulheres e 25,8%, homens.

Provocada por diversos fatores, a doença precisa ser combatida tanto no campo da prevenção, para evitar que esses números sejam ainda maiores num futuro próximo, quanto na esfera dos tratamentos assertivos e acessíveis para o maior número possível de pacientes obesos.

Quando falamos em prevenção, é necessário focar na importância das medidas que contribuem efetivamente para evitar que o problema se instale. Tendo em vista que o sedentarismo é um dos principais responsáveis pelo excesso de peso, a prática regular de atividade física desponta como uma das medidas essenciais tanto para combater quanto para prevenir a obesidade.

Pesquisas investigam se obesidade é fator de risco
Pesquisas investigam se obesidade é fator de risco. Crédito: Pixabay

É necessário que, cada vez mais, a importância dessa prática seja difundida nas escolas, nas associações organizadas, nos consultórios de todas as especialidades médicas e nas famílias. É preciso que esse hábito seja inserido na rotina diária e, assim, teremos em mãos um grande aliado contra esse mal se se alastra em grande escala. É importante caminharmos lado a lado com as soluções práticas para não ficarmos reféns das teorias.

Da mesma forma, é fundamental que os tratamentos se tornem acessíveis para toda a população, não apenas para quem dispõe de muitos recursos para bancar as medicações e uma cirurgia bariátrica, em casos mais avançados. As previsões preocupantes não permitem que a obesidade seja deixada de lado e tampouco que não se tenha um plano assertivo com políticas públicas que garantam um atendimento eficaz para todos na saúde pública.

Por outro lado, é fundamental que todos que sofrem com o problema se disponham a enfrentá-lo, mesmo sabendo que isso custará esforço, renúncias, resiliência, mudança de hábitos e amor próprio. Obesidade não é motivo de vergonha, mas precisa ser influente o bastante para determinar uma tomada de decisão voltada para o resgate da saúde e da autoestima, muitas vezes perdida.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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