
O Brasil vai ficando cada vez mais nanico internacionalmente, na mesma proporção em que as violências contra as mulheres vão ficando cada vez maiores. Esse é o atual cenário do nosso país nas mãos do governo Bolsonaro e da ministra Damares Alves.
Está começando hoje em Paris, de forma virtual, o Fórum Geração de Igualdade, com o objetivo de que Estados e a sociedade civil estabeleçam uma agenda de combate à desigualdade de gênero para os próximos cinco anos, com vistas a atender ao ODS5 – igualdade de gênero. Mas o Estado brasileiro não participará.
A ministra Damares Alves alegou problema de logística na participação do Brasil. Que desculpa mais estapafúrdia, ministra. Seria mais honesto assumir que o Brasil, desde 2019, não tem o menor interesse em alcançar a igualdade de gênero, não tem o menor interesse em combater as desigualdades, as violências que meninas e mulheres passam todos os dias em casa, no trabalho, na política e nas ruas.
Várias vezes eu já falei aqui sobre o ODS5 e a Agenda 2030, mas acho importante neste momento deixar muito explícito o que está sendo discutido no Fórum e que o Brasil não mostrou interesse em participar. O Brasil, sob a gestão de Bolsonaro e Damares, não mostra interesse, entre outras coisas, em “adotar e fortalecer políticas sólidas e legislação aplicável para a promoção da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas, em todos os níveis”; “assegurar o acesso universal à saúde sexual e reprodutiva e os direitos reprodutivos”; “garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política, econômica e pública”; “eliminar todas as práticas nocivas, como os casamentos prematuros, forçados e de crianças e mutilações genitais femininas”; e “acabar com todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e meninas em toda parte”.
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No Fórum deste ano, o Estado brasileiro não estará. Mas como tem acontecido nesses dois últimos anos, a sociedade civil e a iniciativa privada estão, para garantir vida digna e pra reduzir as desigualdades, em busca da igualdade de gênero. Apesar de Bolsonaro e Damares, a gente segue por todas nós.
Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.
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