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É reitor da FAESA Centro Universitário

Academia e mercado: união necessária para o desenvolvimento da economia

Parcerias podem moldar o futuro do país, impulsionando o crescimento econômico e a inovação

  • Alexandre Nunes Theodoro É reitor da FAESA Centro Universitário
Publicado em 31/10/2023 às 11h00

Partindo do princípio consolidado pela sabedoria popular, que cunhou a ideia de que “ninguém faz nada sozinho”, vivemos um tempo em que é cada vez mais urgente a aproximação entre academia e mercado. De um lado, as instituições de ensino desenvolvem ciência, produção do conhecimento e são responsáveis pela formação de profissionais, enquanto de outro, as empresas focam na oferta de produtos e serviços que impulsionam a economia.

As instituições de ensino desempenham um papel fundamental na pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, na formação de recursos humanos altamente capacitados e na promoção de inovação. O conhecimento produzido por elas pode ser aplicado diretamente no mercado, impulsionando a competitividade das empresas brasileiras.

A parceria entre mercado e academia também contribui para a criação de um ambiente de negócios mais favorável. A colaboração entre elas é um catalisador fundamental para o desenvolvimento de soluções inovadoras. As empresas podem se beneficiar do conhecimento acadêmico para criar produtos e serviços mais avançados, enquanto as universidades podem aproveitar os desafios reais enfrentados pelo mercado como fonte de inspiração para suas pesquisas.

A materialização da ideia da necessidade de aproximação entre academia e mercado, que já vem acontecendo, mas pode ser ainda mais frequente. É o que acontece no Espírito Santo com alguns projetos, como o Sincades Tech, primeira iniciativa de inovação aberta no Brasil voltada para o setor atacadista e distribuidor e, a partir de agora, o projeto Connect, que nasce com a necessidade de aumentar a competitividade da Fecomércio-ES e das entidades a ela ligadas, por meio da inovação aberta em suas operações e negócios, na criação de oportunidades nos mercados existentes e em novos nichos.

Atualmente, a Confederação Nacional do Comércio, entidade que a Fecomércio está filiada, engloba 34 Federações e 1.035 sindicatos, que, somados, representam quase 5 milhões de empresas do setor, que geram cerca de 22 milhões de empregos. Essas empresas contribuem com 73,4% do total da participação de comércio e serviços no PIB brasileiro e isso denota o impacto que as atividades têm em relação não só à economia, mas a toda a estruturação social em nosso país.

É importante destacar, ainda, que o caminho para viabilizar projetos como os citados têm um ator essencial: as Fundações de Apoio. Seu trabalho permite que a produção científica seja mais bem aproveitada para impulsionar a inovação, por meio de investimentos em pesquisa e desenvolvimento com recursos de empresas privadas e programas de fomento federais e estaduais. Enquanto as fundações se concentram na gestão administrativa, financeira e prestação de contas, entre outras vertentes, os pesquisadores podem se dedicar à ciência, tecnologia e inovação, proporcionando mais agilidade ao processo de contratação e desenvolvimento tecnológico.

É fato que ninguém faz nada sozinho, por isso é tão relevante a existência de todo um ecossistema que impulsione e viabilize a aproximação entre academia e mercado para que as ações provenientes dessa união possam ser desenvolvidas em todo o seu potencial, trazendo enorme benefícios para a economia brasileira e do nosso Espírito Santo.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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