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A pandemia vai passar, mas novos comportamentos vieram para ficar

Vários recursos antes inimagináveis via digital foram autorizados ou viabilizados, como consultas médicas on-line, autenticações de documentos digitais em cartórios e trabalho remoto. Acompanhar os avanços é essencial para as empresas

  • Rafaela Andrade
Publicado em 01/03/2021 às 16h00
Decisões do CNJ para impedir proliferação do coronavírus aceleram processo de digitalização dos cartórios
Decisões do CNJ para impedir proliferação do coronavírus aceleram processo de digitalização dos cartórios. Crédito: Freepik

Vivenciamos a primeira pandemia da humanidade em uma era digital. Esse trágico evento, apesar de ainda não ter acabado, já transformou definitivamente muitos hábitos e, principalmente, digitalizou ambientes e pessoas que ainda se mantinham resistentes. No Brasil, uma pesquisa da Dentsu Aegis Network, multinacional especializada em comunicação digital, aponta que 87% das pessoas pretendem fazer compras on-line nos próximos 12 meses.

De fato, agora, consumidores e público estão muito mais tempo conectados à web, papeando, pesquisando, comprando ou interagindo através das dezenas de canais disponíveis.

Vários recursos, antes inimagináveis via digital, foram autorizados ou viabilizados, como consultas médicas on-line, autenticações de documentos digitais em cartórios ou ainda o trabalho remoto, agora instituído de fato no mercado de trabalho. Segundo pesquisa da Agência Brasil, 29% das empresas entrevistadas pretendem manter o home office para pelo menos 50% do quadro ou até todos os funcionários após a pandemia.

Outro dado que reflete essa transformação digital é o aumento do consumo de internet em relação à televisão. Segundo pesquisa da Statista, empresa alemã especializada em dados de mercado e consumidores, em 2019 o consumo diário de internet alcançou a marca de 170 minutos, superando o da TV, de 167 minutos. Já imaginou como estão esses números com a pandemia?

Outra grande mudança sem volta é o pagamento via smarthphones que terá um aumento de mais 28% até 2024, segundo a pesquisa da Statista. O distanciamento físico forçou a redução das transações com dinheiro, e a praticidade dos pagamentos digitais trouxeram um caminho sem volta, agora reforçado com o lançamento do Pix.

Vale lembrar que o WhatsApp está em 95% das linhas telefônicas que usamos e, através dele, comerciantes e lojistas, além de se relacionarem, têm vendido imensamente para seus clientes. Isso salvou muitos negócios!

Em relação às mídias sociais no Brasil, já somos 100 milhões de pessoas conectadas, segundo a Statista e a HootSuite, plataforma de gerenciamento de mídias sociais (2020). Houve um aumento de 58% no uso diário. Só assim algumas empresas se mantiveram na ativa, vendendo, mantendo e gerando os empregos.

O resultado no Brasil, segundo o relatório da HootSuite, é de que 61% dos consumidores aumentaram seu volume de compras on-line (46% desses aumentaram mais de 50% de seu volume de compra em geral).

Acompanhar os avanços das tecnologias e da web é superimportante na gestão de marca de uma empresa, e as estratégias de marketing devem contemplar esse posicionamento digital. Além de fortalecer a marca, mantendo-se presente na mente dos consumidores, é importante encarar esses canais como canais de vendas, para alavancar e gerar demanda. Sem esquecer, é claro, a empatia e o relacionamento, características principais da navegação nas redes sociais.

Nesse cenário, deixamos 2020 com tendências que devem se acentuar ainda mais neste ano. É fundamental estar preparado para sua empresa ou marca não ficar ultrapassada e obsoleta. Não estamos mais falando de opções, mas de sobrevivência. Como dizem por aí... “adapte-se ou morra”.

A pandemia vai passar, se Deus quiser, mas novos comportamentos vieram para ficar, então bora nos preparar para o futuro que já começou!

A autora é mestre em Comunicação e diretora-executiva da Ágora Marketing Digital e Performance

* Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta

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