Publicado em 15 de janeiro de 2025 às 17:45
Assim que surgiram as primeiras notícias sobre o cessar-fogo entre o Hamas e Israel, palestinos na Faixa de Gaza foram às ruas comemorar o acordo.>
Israel e Hamas concordaram em encerrar a guerra em Gaza, que já dura 15 meses.>
O acordo foi alcançado após meses de negociações, com o Catar atuando como um dos principais mediadores.>
O Hamas atacou o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1,2 mil pessoas e levando 251 reféns para Gaza.>
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Este ataque desencadeou uma grande ofensiva israelense em Gaza, em que mais de 46 mil palestinos foram mortos, segundo o ministério da saúde administrado pelo Hamas. Mais da metade dos mortos são mulheres e crianças, segundo o ministério.>
A expectativa é que Israel liberte cerca de mil prisioneiros palestinos, alguns deles presos há anos, em troca dos 94 reféns mantidos pelo Hamas em Gaza. Desses, acredita-se que 34 estão mortos.>
A fase inicial do cessar-fogo deve durar seis semanas e incluirá a liberação de um primeiro grupo de reféns israelenses. Depois de 16 dias, serão discutidos os termos de uma nova etapa de liberação de reféns. >
Em discurso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que, nesta primeira fase, os palestinos que precisaram migrar poderão voltar às suas casas ou bairros, e que a assistência humanitária em Gaza aumentará.>
Já a fase dois deve incluir as negociações para o fim permanente da guerra, disse Biden. Se as negociações levarem mais de seis semanas, o cessar-fogo continuará, acrescentou. >
Na fase três, restos mortais de reféns que faleceram em Gaza serão enviados às suas famílias e um plano de reconstrução de Gaza começará, afirmou o presidente americano — a poucos dias de deixar o cargo, que será assumido por Donald Trump em 20 de janeiro. >
Cerca de 2 milhões de habitantes de Gaza foram deslocados.>
Na verdade, palestinos vão retornar aos possíveis escombros que antes eram suas casas, já que diversas áreas do território foram destruídos ao longo destes 15 meses. >
Por exemplo, o bairro Brasil em Rafah já não existe mais. Israel justificou a destruição desse local defendendo a necessidade de retomar o controle da fronteira com o Egito e de destruir túneis que seriam usados para contrabando de armas e passagem de combatentes palestinos.>
Uma questão muito importante para os palestinos é que parte do acordo deve envolver a entrada, através da passagem de Rafah, de 600 caminhões de ajuda por dia. Entre outros itens, eles levarão suprimentos médicos ao território palestino.>
Também está previsto o envio de caminhões de combustível para operar o que resta dos hospitais, consertar as estações de energia, reparar o sistema de esgoto e água, e iniciar o processo de busca de soluções para todos os problemas que as pessoas vêm enfrentando há mais de um ano.>
Israel também vai retirar seus soldados das áreas mais densamente povoadas de Gaza, deslocando-se para uma zona de amortecimento no lado oriental.>
O país cortou o fornecimento de combustível, eletricidade e água para Gaza durante a ofensiva.>
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