Publicado em 9 de novembro de 2024 às 15:16
O brasileiro Alexandre Athos Pinheiro Teixeira, de 23 anos, estava trabalhando quando foi atacado por três jovens na cidade irlandesa de Cork, no sul do país.>
O jovem brasileiro, natural de Goiânia, que vive na Irlanda há um ano, trabalha como entregador de comida por aplicativo e conta que tudo começou de maneira abrupta: ao passar ao lado do veículo dos suspeitos, um homem saiu do carro e tentou puxá-lo da moto. >
Com medo, Alexandre diz que acelerou, pensando inicialmente que se tratava de uma tentativa de assalto. "Eles me perseguiram por mais de dois quilômetros", conta ele, ainda abalado.>
Tentando escapar, Alexandre conta que freou bruscamente e desviou para uma área residencial, mas a perseguição continuou. Em alta velocidade, os agressores chegaram perto de Alexandre e jogaram garrafas contra ele pela janela do carro. >
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“Achei que fosse uma brincadeira de Halloween, mas percebi que era sério quando jogaram a SUV contra mim,” relata. >
O carro atingiu a moto de Alexandre e um dos jovens que estava sentado no banco traseiro saiu do veículo e empurrou o brasileiro, que revidou com um soco.>
Foi nesse momento que o agressor voltou para o veículo e o motorista atropelou Alexandre e fugiu.>
Ao tentar se levantar Alexandre lembra a sensação de não conseguir e gritar por ajuda. “Fui perseguido e atropelado sem motivo. Eles riam do meu desespero.” >
Alexandre ainda recorda as risadas e as palavras de deboche dos jovens durante a perseguição. "Pareciam psicopatas. Até agora me pergunto: ‘Foi por eu estar aqui, no país deles?’. Não consigo entender tamanha crueldade," desabafa.>
O ataque ocorreu no dia 31 de outubro. Alexandre sofreu uma fratura exposta na perna esquerda e precisou passar por cirurgia. De acordo com ele, a equipe médica informou que a recuperação exigirá, no mínimo, seis meses de tratamento intensivo.>
A polícia irlandesa informou que investigações estão em andamento para identificar e localizar os suspeitos, mas nenhuma prisão foi efetuada até agora.>
Segundo Alexandre, os agressores eram dois homens e uma mulher, aparentando cerca de 20 anos e com porte atlético. Ainda segundo ele, o jovem que saiu do carro e o empurrou cobria o rosto. >
"O que eu mais quero é que haja justiça. Não é apenas a dor física. É o sentimento de indignação e incompreensão pelo ato de tamanha maldade", disse.>
O caso repercutiu na Irlanda e foi publicado em tradicionais jornais do país como o The Irish Times e The Irish Sun, que classificou o caso como ataque chocante.>
No dia 12 de outubro, o brasileiro Alan José de Lima, de 35 anos, foi atacado em Dublin por dois adolescentes encapuzados com touca ninja. >
Após fazer uma entrega de comida, Alan foi cercado e agredido com uma lixeira, resultando em fraturas na tíbia e no joelho, o que exigiu uma cirurgia de mais de seis horas para a inserção de placas de metal em sua perna. >
Alan, que coleciona medalhas de maratonas, teme não conseguir voltar a correr devido à gravidade de suas lesões. Além das lesões, eles quebraram seu celular e roubaram sua bicicleta elétrica, seu meio de trabalho.>
Natural de Guaratiba, no Rio de Janeiro, Alan imigrou para a Irlanda em busca de segurança e paz, vendendo sua casa após sofrer constantes assaltos no Brasil.>
Ele expressou a sensação de impotência e medo que sente ao ser alvo de agressões motivadas por preconceito, mencionando que essa não é a primeira vez que enfrenta violência no país, referindo-se a jovens conhecidos como 'nanás', que frequentemente atacam estrangeiros. >
A polícia irlandesa está investigando o caso, mas ainda não informou se os suspeitos foram localizados.>
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