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Bolsas da Europa fecham sem sinal único, com foco em Covid-19

Bolsas da Europa fecham sem sinal único, com foco em Covid-19

Nesta sexta, o índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta, na semana, contudo, sofreu baixa de 5,58%, o que levou o índice ao menor patamar desde meados de maio

Publicado em 30 de outubro de 2020 às 15:27

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Mercado financeiro, bolsa de valores, ações, mercado de capitais, B3
Mercado financeiro, bolsa de valores, ações, mercado de capitais, B3. (Pixabay)

As bolsas da Europa fecharam sem sinal único nesta sexta-feira (30), encerrando uma semana de perdas. O avanço da pandemia da covid-19, que levou a recordes no número de casos e a novos lockdowns deram um panorama negativo à região. Por outro lado, a divulgação dos dados econômicos do terceiro trimestre apresentou números positivos para a retomada. Na quinta, o Banco Central Europeu (BCE) sinalizou para mais estímulos à economia em dezembro.

Nesta sexta, o índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,18%, a 342,36 pontos. Na semana, contudo, sofreu baixa de 5,58%, o que levou o índice ao menor patamar desde meados de maio.

Enquanto a atividade da França saltou 18,2% no terceiro trimestre ante o segundo, a da Espanha cresceu 16,7%, a da Alemanha, 8,2%, e a da Itália, 16,1%. Já o PIB da zona do euro cresceu 12,7% no mesmo período. Para a Capital Economics, o crescimento 'maciço' do PIB da França não é reconfortante à medida que o país lida com um novo lockdown. "Na verdade, esperamos que o PIB caia 2,5% ou mais no quarto trimestre frente ao terceiro". Na mesma direção, o ING espera que o forte aumento da atividade no terceiro trimestre na Alemanha seja seguido por outra queda nos últimos meses do ano.

Em linha com as previsões, o BCE manteve sua política monetária inalterada, mas prometeu "recalibrar seus instrumentos" para "garantir que as condições financeiras permaneçam favoráveis". Na opinião do Credit Suisse, a autoridade deixou claro que isso "significa estímulo" em dezembro.

Grande parte da atenção da região ainda é com o avanço da covid-19, com Itália e Portugal registrando novos recordes no número de casos.

A reação aos balanços das big techs americanas não foi das melhores em Wall Street, após a divulgação dos resultados na quinta, e isso também causa volatilidade no setor de tecnologia na Europa. Os papéis da Air France-KLM, por sua vez, tiveram alta de 1,01%, em dia que a companhia anunciou prejuízo líquido de 1,67 bilhão de euros no terceiro trimestre.

O BCP Millenium teve alta nas ações de 8,03%, em dia de divulgação de seu balanço e em meio a notícias sobre empréstimos do banco a um fundo de resolução para o setor bancário português

O resultado impulsionou o PSI 20, em Lisboa, a maior alta dentre as principais bolsas europeias, em 2,12%, a 3.945,12 pontos. Na semana, a baixa foi de 4,69%. Outra importante alta foi da EDP, com 2,30%.

A variação nas outras bolsas foi menor, e em Londres o FTSE 100 fechou em ligeira baixa, de 0,08%, a 5.577,27 pontos. Com relação à última sexta-feira, a queda foi de 4,83%. Em dia de recuperação para muitas aéreas, a IAG, que controla Iberia e British Airways, teve alta de 5,88%.

Em Milão, a maior alta foi da petrolífera Saipem, em meio a publicações da empresa sobre novas diretrizes. Os papéis da companhia avançaram 8,45%, e ajudaram o FTSE MIB a ter alta de 0,40%, a 17.943,11 pontos. Na semana, a queda foi de 6,96%.

Em Frankfurt, o DAX fechou em baixa de 0,36%, a 11.556,48 pontos Na semana, a baixa foi de 8,61%. Uma das principais empresas que pressionaram o índice foi a Volkswagen, que teve baixa nas ações de 1,45%.

Em Paris, o CAC teve alta de 0,54%, a 4.594,24 pontos. Semanalmente, a queda foi de 6,42%. O dia teve duas companhias do setor energético com altas, EDF (+1,34%) e Total (+2,75%).

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Em Madri, o IBEX 35 fechou em alta de 0,63%, a 6.452,20 pontos. Em comparação semanal, a queda foi de 6,40%.

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