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Simone Biles pede dissolução no Comitê Olímpico dos EUA por falta de proteção em casos de abuso sexual

Simone Biles pede dissolução no Comitê Olímpico dos EUA por falta de proteção em casos de abuso sexual

Carta endereçada a senadores acusa entidade de evitar punições a Larry Nassar...

Publicado em 14 de outubro de 2021 às 17:25- Atualizado há 3 anos

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(AFP)

A estrela Simone Biles se uniu às compatriotas McKayla Maroney, Aly Raisman e Maggie Nichols para enviar ao Congresso dos Estados Unidos uma carta pedindo a dissolução da diretoria do Comitê Olímpico e Paralímpico nacional (USOPC). O motivo é a insatisfação das atletas, que estão entre as mais de 200 vitimas de abusos sexuais cometidos por Larry Nassar, ex-médico da equipe americana, pela falta de proteção da entidade às ginastas. No texto, endereçado aos senadores Richard Blumenthal e Jerry Moran, as ginastas elevaram o tom contra o Comitê e afirmaram que a "prioridade máxima" do órgão era "ocultar a culpabilidade e evitar a responsabilização" de Nasser."A diretoria do USOPC não tomou nenhuma ação investigativa depois de saber que Nassar era um agressor. Fazemos esse pedido após anos de paciência, deliberação e compromisso não correspondido para aprender com nosso sofrimento e tornar o esporte seguro para as gerações futuras. Acreditamos que as ações anteriores da diretoria demonstram uma relutância em confrontar os problemas epidêmicos com abusos que atletas como nós enfrentamos e uma recusa contínua em buscar uma reforma verdadeira e necessária do quebrado sistema olímpico", diz a carta.

Em resposta, a diretoria do Comitê se defendeu, ao afirma que "a carta faz referência a questões que o USOPC tem abordado por mais de dois anos e o trabalho que continuamos a fazer todos os dias".

O ex-médico da equipe dos Estados Unidos foi condenado a até 360 anos de prisão em fevereiro de 2018 por ter molestado 265 mulheres. As vítimas ainda buscam reparação da USA Gymnastics (Federação Americana de Ginástica) e do Comitê Olímpico e Paralímpico Americano.

Biles e as ginastas se baseiam em um projeto de lei aprovado em agosto de 2020, que concede ao Congresso o direito e os meios de dissolver o Conselho de Administração do USOPC se considerar que o órgão não está cumprindo seus objetivos, conforme descrito na Lei de Esportes Amadores de 1978.

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"Acreditamos que é hora de o Congresso exercer sua autoridade sobre a organização que criou, substituindo toda a diretoria do USOPC por uma liderança disposta e capaz de fazer o que deveria ter sido feito há muito tempo: investigar com responsabilidade o problema sistêmico de abuso sexual dentro das organizações olímpicas, incluindo o USOPC, e todos os esforços para escondê-lo - diz outro trecho da carta.

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