Job Runhaar, cônsul dos Países Baixos no Rio de Janeiro; Diego D`Ermoggine, organizador da exposição; o diretor da Premium e diretor-geral da mostra Álvaro Moura e Micha Schijlen: no vernissage de "Rembrandt - O Mestre da Luz e da Sombra" no Rio de Janeiro. Crédito: Rodrigo Gavini/ LR Comunicação
O Palácio Anchieta, ícone do Espírito Santo, vai se transformar num espetáculo de luz e sombra, em janeiro de 2026, com a chegada da exposição inédita e internacional do artista holandês Rembrandt van Rijn (1606–1669), considerado um dos maiores de todos os tempos. "Rembrandt - O Mestre da Luz e da Sombra" , que reúne 69 gravuras originais do artista, foi aberta no Brasil, em vernissage super prestigiado, na noite de terça-feira (23), no Centro Cultural dos Correios , no Rio de Janeiro. O evento reuniu artistas, colecionadores, autoridades e jornalistas de vários estados do Brasil.
RR esteve no Rio e conferiu, em primeira mão, o que os capixabas poderão apreciar na exposição, que revela o traço inconfundível do mestre do claro-escuro em gravuras. As emoções humanas se revelam nos rostos de personagens bíblicos, crianças, idosos, mendigos, parentes e figuras anônimas. Outro destaque da mostra é um espaço interativo com gravuras do artista em formato de videomapping assinado pela da Pixxfluxx.
A organização da mostra no Brasil é da Premium Comunicação Integrada de Marketing, empresa responsável pela realização de sete mostras de arte no país, incluindo Leonardo Da Vinci e Picasso. Para o publicitário Álvaro Moura, diretor geral da mostra, com a chegada da mostra, Vitória volta ao mapa da arte mundial. "Será um marco que reconecta a cidade a grandes circuitos culturais internacionais e reafirma seu lugar como destino de arte e cultura de alta relevância, num momento que a cidade se prepara para ganhar um novo equipamento cultural importante, que é o Cais das Artes”.
Entre as obras, o público poderá conferir Autorretrato com Saskia (1636), A Descida da Cruz (1633), Ressurreição de Lázaro (1632), O Jogador de Cartas (1641), O Manto de José Trazido a Jacó (1633), A Fuga para o Egito (1633) e Cristo Expulsando os Cambistas do Templo (1635). Nas gravuras, o artista usou principalmente a água-forte, técnica que consiste em desenhar sobre uma placa de cobre coberta de tinta, que depois é exposta ao ácido para criar as linhas desejadas.
Rembrandt revolucionou a arte ao combinar uma técnica impecável com a sensibilidade única para captar a psicologia e a humanidade de seus personagens. Ele combinou a água-forte à ponta-seca, criando obras de riqueza e profundidade incomparáveis. Suas estampas não são meras ilustrações: são espaços de experimentação, nos quais a matriz é retrabalhada, alterada e impressa em múltiplas camadas, permitindo acompanhar o inquieto processo criativo do artista.
Ao longo de sua carreira, Rembrandt deixou mais de 300 pinturas, 300 gravuras e cerca de 2 mil desenhos, entre autorretratos, paisagens, retratos coletivos e cenas bíblicas. O uso inovador da luz e da sombra — a técnica chamada chiaroscuro — influenciou não apenas seus contemporâneos, mas também movimentos artísticos posteriores, desde o Impressionismo e até o cinema moderno. Em cada obra, ele investiga a emoção interior, os laços espirituais e o mistério da experiência humana. Sua maestria no uso da luz e da sombra confere às águas-fortes uma intensidade dramática que as torna imediatamente reconhecíveis.
"O que torna Rembrandt atemporal é a capacidade de capturar a alma humana. Suas obras traduzem emoções e dilemas universais, como dor, fé, amor, envelhecimento e esperança. Olhar para uma gravura sua é atravessar os séculos e ainda encontrar relevância, humanidade e verdade”
Luca Baroni, curador da mostra e diretor da Rede dos Museus das Região Marche Nord, na Itália
Marcelo Lages, diretor artístico da mostra, e Álvaro Mour, com os representantes do Centro Cultural Correios: José Oliveira, superintendente dos Correios no Rio, e Ednor Medeiros, gerente do equipamento cultural . Crédito: Rodrigo Gavini/LR Comunicação
Álvaro Moura, Job Runhaar, cônsul dos Países Baixos no Rio de Janeiro, junto de sua comitiva, formada por Caroline Runhaar, Micha Schiilen e Kim Fiorito. Crédito: Rodrigo Gavini/ LR Comunicação
Vernissage de "Rembrandt - O Mestre da Luz e da Sombra" no Rio de Janeiro. Crédito: Rodrigo Gavini/ LR Comunicação
A Academia Brasileira de Belas Artes (ABBA) visitou a exposição “Rembrandt – O mestre da luz e da sombra”. Eles foram recebidos pelo diretor geral, Álvaro Moura e o curador, Luca Baroni, numa visita exclusiva seguida por um chá da tarde, nesta quarta-feira (24).
Vernissage de " Rembrandt - O Mestre da Luz e da Sombra" no Rio de Janeiro
Se você notou alguma informação incorreta em nosso conteúdo, clique no botão e nos avise, para que possamos corrigi-la o mais rápido o possível
