Leitores comentam pronunciamento mais ameno de Bolsonaro

Em seu quarto discurso durante a crise do coronavírus, na terça-feira (31), presidente falou em acordo com governadores e prefeitos. Na manhã desta quarta (1°), no entanto, voltou a criticar medidas restritivas, em post depois apagado das redes sociais

Publicado em 01/04/2020 às 14h08
Atualizado em 01/04/2020 às 14h08
Pronunciamento do Presidente da República, Jair Bolsonaro, na terça-feira (31)
Pronunciamento do Presidente da República, Jair Bolsonaro, na terça-feira (31) . Crédito: Isac Nóbrega/PR

Em seu quarto pronunciamento em rádio e televisão sobre a crise do novo coronavírus, na terça-feira (31), o presidente Jair Bolsonaro adotou um tom mais ameno, após entrar em embate direto com governadores e prefeitos que têm adotado medidas restritivas para evitar o avanço da doença no Brasil. O chefe do Executivo falou em ação "racional, responsável e coordenada".

O presidente voltou a mostrar-se preocupado com os impactos econômicos, ao dizer que o remédio contra a pandemia não pode ser pior que os efeitos que ele provocará, mas frisou a prioridade de salvar vidas. "Todos nós temos que evitar qualquer perda de vida humana. Ao mesmo tempo, temos que evitar a perda de empregos", disse.

Durante o discurso, o presidente Jair Bolsonaro foi alvo de panelaços em capitais pelo país, em algumas delas pelo 15º dia consecutivo. Os protestos em janelas de apartamentos aconteceram em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre e Vitória

No entanto, menos de 12 horas após adotar um discurso mais conciliador, Bolsonaro voltou a subir o tom contra governadores e prefeitos nas redes sociais, criticando medidas restritivas para comércio e circulação de pessoas. O presidente publicou um vídeo de um homem que apontava o desabastecimento na Ceasa, em Belo Horizonte, dizendo que "a culpa é dos governadores", que, segundo ele, querem "ganhar nome e projeção política a custa do sofrimento da população."

A informação foi negada pela unidade mineira da Ceasa. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, tem afirmado que não há risco de desabastecimento. O ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, disse na segunda-feira (30) que a logística e o abastecimento estão funcionando. Após a repercussão negativa, os conteúdos foram apagados de todas as redes socais do presidente. 

As indas e vindas do presidente em seus discursos e atitudes foram debatidas pelos leitores de A Gazeta. Confira alguns comentários postados em nossas redes sociais:

Gostei da postura do presidente no pronunciamento. Falou em união, listou ações, ponderou sobre os riscos à saúde e danos socioeconômicos. Não provocou. Foi bem melhor que o anterior. (Wellington Braz)

Na verdade, o discurso do presidente foi mentiroso, ao distorcer as afirmações do diretor da OMS, e não propôs qualquer nova medida de proteção social, visando a assegurar emprego, empreendimentos e renda. Ao contrário, não sancionou a renda básica de R$ 600 para trabalhadores informais, aprovada pelo Congresso Nacional. (Hugo Matos)

Nada como o tempo. Há uma semana, o coronavírus era uma gripezinha, agora virou o maior desafio da nossa geração. Uma hora a ficha tem cair. (Pedro Luiz Soares Lucas)

Não votei em Bolsonaro, mas o pronunciamento feito por ele foi muito bem elaborado! (Charles Oliveira)

Eu não tenho nada contra nosso presidente, mas ele é um cadinho bipolar! (Viviane Pinotto)

Bolsonaro recuou do recuo. (Fernanda Stange)

Parabéns, presidente. Foi perfeito! Um homem de verdade não volta atrás nas suas palavras, mantenha-se firme! Errado não está! (Cler Machado)

O melhor que a população deve fazer é ignorar esse ser. (Eliel Rosa)

Eu apoio o Bolsonaro. No Recife, empresa de ônibus já decretou demissão em massa... O Bolsonaro estava certo. (Wanderley Cardoso)

Fico feliz que o presidente tenha mudado. Eu não gosto dele, mas fico aliviado, pois estava repercutindo de forma negativa na imprensa internacional, pois independentemente de disputas políticas, o foco deve ser essa pandemia e como ajudar a comunidade carente/empresários, além de se unir aos governos estaduais. Não devemos ter disputas, pois o nosso inimigo atual é esse vírus, então os políticos precisam ter maturidade, deixar essas desavenças políticas para época da campanha. Quem votou em Bolsonaro deve exigir dele, pois já vimos que ele acaba cedendo às pressões populares. (Danilo Leonel)

Já foi falado um milhão de vezes para quem está no grupo de risco ficar em casa, mas quando a gente sai na rua são as pessoas de risco que está na rua. As pessoas teimam. (Erenildo Lopes)

Os governadores vão quebrar os Estados, aí vamos ver o bicho pegar. Vírus, fome, dengue, tuberculose e por aí vai. (Ricardo Mends)

Mentira tem perna curta! Bolsonaro mentiu sobre gripezinha, mentiu sobre o chefe da OMS! Os robozinhos estão agitados na fake news. (Felipe Dsc)

Hoje é o dia dele, 1º de abril! (Paulo Cesar Tonette)

Tem lojas em Campo Grande que já estão reabrindo, lojas que estão com portas fechadas, e as pessoas fazem fila pra bater na porta e comprar! Só Deus, tá! (Carolinne Silvério)

Parabéns, presidente!! Deixe o governador Casagrande pagar a conta dessa medida ditatorial de fechar empresas! (João Zanotti)

Governador Casagrande, libera logo isso tudo, shopping, casa de show, boates, comércio em geral. É só cada empresário assinar um documento de responsabilidade e deixa o pau quebrar.Não é isso que o excelentíssimo presidente está querendo? Então vai pra rua quem quer. (Jorge Makanaky)

E vocês acham que ele está errado? Ele está certo, o povo brasileiro não vive de brisa. O povo não ganha a fortuna que vocês ganham para ficar ali só falando. A gente vai levar as contas e a lista de compras para o governador pagar. (Ana Maria)

Sábias palavras do presidente. Ele tem que se preocupar com o vírus e com a econômica do país, a fome também mata! (Bruna Melo)

O presidente discursou bem agora sim, citou todos os poderes, governadores, prefeitos. Foi bem desta vez. (Dirceu Barros)

O único pronunciamento sensato da vida dele. (Fredson Rodrigues Ribeiro)

Eu nem consegui ouvir o pronunciamento do presidente. Era muito barulho aqui em Jardim da Penha. Agora vou ter que esperar a reprise para saber o que ele falou na hora do gigante estardalhaço. (Thiago Herminio)

É fácil bater panela do seu apartamento que custa meio milhão, enquanto quem mora na periferia passa por necessidade. (Vagner Tavares Gomes)

Aqui no condomínio tinha uma meia dúzia de gente batendo panela, enquanto isso eu tava ocupada com minhas panelas fazendo comida. Esse pessoal me faz rir, é muita falta do que fazer mesmo. (Beatriz Castro)

Poxa, por que tantos negam o panelaço? Foi o intenso sim, demonstra a insatisfação de grande parte da população com tanta irresponsabilidade, inconsequência e mentira do presidente.. inclusive os que votaram (EU votei também) nesse governo, que tinham esse governo como oportunidades de mudança e estamos decepcionados. Não temos que mentir, foi intenso sim. (Junior Schwan)

Estão batendo panela porque a comida acabou, chega de quarentena, vamos trabalhar. (Liu Cruz)

Presidente mais falso que nota de três reais. Não acredito em nada do que ele fala. É doença pior do que a Covid-19. (Chirley de Jesus)

Achei um discurso bem feito, com palavras claras e objetivas, dignas de uma autoridade do assunto. Parabéns, diretor-geral da OMS! (Mateus Taliuli)

Não estamos em momento de ficar com brigas políticas, pois nenhum presta. É hora de se unir e buscar alternativas positivas que realmente possa fazer diferença! Ajude quem está mais próximo de vocês. Vamos ser mais compreensivos e solidários, assim teremos um mundo melhor. (Di Prado)

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