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Por unanimidade, Tribunal mantém condenação de Lula no caso triplex

Por unanimidade, Tribunal mantém condenação de Lula no caso triplex

Todos os três desembargadores votaram por manter a sentença de Sérgio Moro no caso do Triplex do Guarujá

Publicado em 24 de janeiro de 2018 às 21:01

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Lula foi condenado a doze anos e um mês de prisão pelo TRF-4. (Marcelo Prest)

O ex-presidente Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por unanimidade no TRF-4 na tarde desta quarta-feira (22). Victor Laus e Leandro Paulsen, acompanharam o voto do relator, João Pedro Gebran Neto, e se posicionaram pela manutenção da condenação do ex-presidente e pelo aumento na pena aplicada em primeira instância, que tinha sido de nove anos e seis meses de reclusão. O julgamento durou pouco mais de nove horas.

Em seu primeiro voto, o relator afirmou que o ex-presidente Lula era o garantidor do esquema de corrupção que funcionava na Petrobras. Gebran Neto afirmou ainda que há provas de que triplex era para Lula.

Gebran Neto manteve a sentença do juiz Sergio Moro e aumentou para 12 anos e um mês de prisão a pena do petista por corrupção e lavagem de dinheiro. Gebran ainda estabeleceu o início do cumprimento da pena no regime fechado e estipulou 280 dias-multa. Na sentença de setembro, Moro tinha condenado Lula a nove anos e seis meses de prisão.

PAULSEN

O revisor do caso do triplex do Guarujá, desembargador Leandro Paulsen, saiu em defesa do juiz Sérgio Moro durante o seu voto contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao rebater alegações da acusação contra o magistrado, Paulsen disse que não considerou que Moro tenha sido severo ao decidir pela condenação em primeira instância pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, pelo contrário. "70 crimes estavam sendo imputados ao ex-presidente, e o magistrado (Moro) acolheu apenas dois", afirmou.

O desembargador afirmou que ninguém seria condenado por ter "costas largas", nem absolvido por ter "costas quentes". Segundo ele, o julgamento de um ex-presidente da República requer cuidados não só para garantir a ampla defesa, mas para que a lei possa ser aplicada com técnica e justiça. 

Ele também determinou em seu voto que, assim que concluída as fases recursais de direito da defesa do petista (veja info no fim da matéria), seja oficiada a Justiça Federal, em Curitiba, para execução da pena de prisão.

LAUS

O desembargador Victor Laus, terceiro magistrado a analisar recurso contra a condenação por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, disse que "anulou" qualquer tipo de dúvida que tinha ao ouvir os votos dos colegas Leandro Paulsen e João Pedro Gebran Neto.

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O desembargador também votou pela condenação do ex-presidente Lula (PT) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo o magistrado os crimes abalam a biografia do líder petista. "São fatos lamentáveis, que deslustram a biografia de Sua Excelência, Lula, mas são fatos concretos, que ocorreram. E exatamente por terem ocorrido devem receber o escrutínio do processo judicial", disse.

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