Publicado em 27 de agosto de 2019 às 03:04
Apontado como o principal articulador da reforma da Previdência, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), participou de encontro de governadores do Sul e do Sudeste neste sábado (24) e foi bastante elogiado por chefes de Executivos estaduais.>
"Num deserto de desequilíbrio, temos nele um oásis de estabilidade", afirmou o governador capixaba Renato Casagrande (PSB), anfitrião deste 4º Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud). As outras três edições aconteceram em Gramado, São Paulo e Belo Horizonte.>
Pela primeira vez o encontro reuniu os sete governadores das duas regiões. Nas outras, havia tido algum desfalque por conta de incompatibilidade de agendas. Os sete Estados, juntos, reúnem cerca de 70% do PIB nacional e 50% da população brasileira.>
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O chefe do Poder Executivo de São Paulo, João Doria (PSDB), também incensou o presidente da Câmara. Referiu-se a ele como "um dos grandes protagonistas da nova política". O tucano fez o discurso mais duro sobre a crise ambiental, definida por ele como "passos gigantescos para trás".>
João Doria, governador de São Paulo
Assim como Doria, Maia é um possível presidenciável em 2022. Como chefe da Câmara dos Deputados, tem o poder de controlar a pauta de votações. E muitos dos temas que vão ao plenário são de interesse dos Estados. Estes entes, por exemplo, querem que o Congresso inclua servidores estaduais e municipais na reforma da Previdência.>
Desde que a crise ambiental se instalou no país, Rodrigo Maia evitou entrar em rota de colisão com o presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista no Palácio Anchieta, ele disse ter convicção de que o governo não incentiva a destruição da floresta, mas avalia que a mensagem que passa é contrária por causa da maneira como verbaliza posições.>
Maia já sinalizou uma agenda ambiental para contrapor Bolsonaro. Após conversas com parlamentares ligados ao agronegócio e ao meio ambiente, ele deve buscar líderes europeus para dizer a eles que o Brasil "não está nessa linha de desmatar". Algumas matérias legislativas também devem ganhar prioridade.>
"Estamos ajudando. Vamos fazer um debate na Câmara. Estou conversando com deputados ligados ao agronegócio, ao meio ambiente. Tem algumas leis que - não são elas que vão resolver -, mas podem dar uma sinalização importante não apenas para os brasileiros, mas para todo o mundo", comentou.>
O presidente da Câmara também sugeriu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a destinação de parte dos R$ 2,5 bilhões depositados pela Petrobras como resultado de acordo com os Estados Unidos para as questões ambientais.>
A ideia é direcionar R$ 1 bilhão do montante para o descontingenciamento do orçamento do Ministério do Meio Ambiente, especificamente para a área de fiscalização. Ele propôs que a outra parte, R$ 1,5 bilhão, seja destinada à educação.>
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