Publicado em 16 de janeiro de 2019 às 21:07
Após o presidente Jair Bolsonaro flexibilizar, por decreto, as regras da posse de armas, deputados da bancada da bala, ligados à segurança pública, se preparam para tentar revogar o Estatuto do Desarmamento neste ano. Os parlamentares planejam aprovar um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados com a finalidade de permitir o posse e porte de armas para todos os brasileiros acima de 21 anos que passem na prova. Hoje, é preciso ter pelo menos 25 anos para conseguir as autorizações.>
Líder da bancada da bala, Capitão Augusto (PR-SP) lembra que o principal projeto o tema quase foi votado no ano passado. Segundo ele, havia um acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para a apreciação da proposta em plenário, mas isso não ocorreu.>
O projeto em questão fixa critérios para quem quer comprar uma arma e revoga o Estatuto do Desarmamento. Segundo o texto, não seria necessário comprovar "efetiva necessidade" para adquirir uma arma de fogo nem para carregá-la consigo, e o registro seria permanente, poupando a necessidade de renovar a cada 10 anos, como determina o decreto de Bolsonaro. Antes, o prazo era de 5 anos.>
"Quando nós aprovamos o relatório do projeto em comissão, estávamos negociando com os deputados da última legislatura. Agora, como temos mais parlamentares de direita, temos Jair Bolsonaro presidente, a gente pode ser mais incisivo", diz Capitão Augusto.>
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Segundo o parlamentar, a ideia do grupo é manter algumas das condições pré-estabelecidas hoje (como o exame psicológico e o técnico, por exemplo), mas "deixar mais objetiva" a legislação e retirar de delegados da Polícia Federal o poder de avaliação e decisão sobre a "necessidade" alegada por quem quer ter uma arma. No caso da posse de armas, o critério de necessidade foi flexibilizado por Bolsonaro. Em relação ao porte, o aval da PF ainda é requisitado.>
A ideia é usar o momento político para fortalecer o projeto por meio de emendas, na hora da votação. Ainda não há consenso sobre o que pode ser alterado, mas "ajustes" podem ser propostos.>
"A flexibilização do acesso as armas e, inclusive ao porte, passa necessariamente pela revogação do autoritário Estatuto aprovado pelo desgoverno Lula. Meu foco inicial é trabalhar nessa revogação", diz o deputado Cabo Junio Amaral (PSL-MG).>
O deputado Delegado Waldir (PRGO), líder do PSL, disse que a prioridade de seu partido é a aprovação da reforma da Previdência e que não vão pedir que o presidente da Câmara dos Deputados paute o projeto logo no início do ano. Por isso, Capitão Augusto diz que o objetivo é votar as mudanças na legislação de armas até agosto.>
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