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Assassinato de Gerson Camata chocou a Praia do Canto

Assassinato de Gerson Camata chocou a Praia do Canto

Quem frequenta a região não acreditou no que viu

Publicado em 27 de dezembro de 2018 às 11:14

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Gerson Camata foi assassinado nesta quarta-feira (26) na Praia do Canto, em Vitória. (Vitor Jubini | GZ)

“A Praia do Canto está em luto.” Foi o que afirmou um morador da região, de 54 anos, após receber a notícia da morte do ex-governador Gerson Camata. A frase do autônomo George Bonfim resumiu aquilo que se viu ao longo da tarde desta quarta (26) na Rua Joaquim Lírio, na Praia do Canto.

O crime aconteceu às 17 horas e as dezenas de pessoas que se aglomeraram no local pareciam não acreditar no que viam e ouviam. O clima era de tristeza generalizada. O número de pessoas no local era tão grande que o trânsito precisou ser interrompido por cerca de duas horas.

“Eu cheguei em casa, liguei a televisão e vi a notícia da morte do Camata. Na mesma hora eu peguei uma bicicleta e vim correndo para cá. Eu precisava ver com os meu próprios olhos. Mas a ficha ainda não caiu”, contou George.

Uma moradora do prédio em frente ao local do crime que não quis se identificar ouviu o disparo, mas achou que se tratava de um acidente de trânsito.“Eu fui olhar pela janela e aí já vi a correria. Logo já vi a polícia e pensei que se tratava de algo mais grave”, afirmou.

FIGURA CATIVA

Quem costuma frequentar o comércio da região com certeza já havia se encontrado, em algum momento, com o ex-governador. Comerciantes, autoridades e representantes do governo que estiveram no local eram unânimes: Camata era uma figura cativa da Praia do Canto.

“É inaceitável! Ele vinha sempre aqui, tomava um café, conversava com todos. Era um homem querido, sempre bem recebido por onde passava”, contou o autônomo George Bonfim.

O secretário da Casa Civil, José Carlos da Fonseca Júnior, o Zé Carlinhos, foi para o local assim que ficou sabendo do assassinato. Ele contou que sempre se encontrava com Camata na padaria em frente ao local do crime. “Com muita frequência nos encontrávamos para tomar um café na padaria. Ele tinha a cara de Vitória, muito querido e respeitado. Ele soube sair da política mantendo amizade e respeito. Tinha a capacidade de se relacionar, de conviver”.

Para quem admirava Camata, somente a palavra tragédia resume a tarde de ontem. “Foi uma barbaridade, é inacreditável. Ninguém esperava por uma tragédia desse tipo, muito menos nessa época de fim de ano”, disse George Bonfim.

O corpo do ex-governador foi levado para o Departamento Médico Legal (DML) por volta das 19 horas. As pessoas continuaram aglomeradas no local, ainda em choque, mesmo após a retirada do corpo de Gerson Camata.

ÚLTIMOS PASSOS

Um comerciante da região, de 50 anos, contou que chegou a cumprimentar o ex-governador minutos antes do assassinato.

O senhor desconfiou de alguma coisa?

Não. Eu estava com mais três pessoas na calçada, em frente ao meu bar. O Camata atravessou a rua, nos cumprimentou, e seguiu para o carro dele.

Em que momento aconteceu o disparo?

Assim que ele nos cumprimentou, entramos no bar. Quando eu já estava lá dentro ouvi o barulho do disparo e saí para ver o que estava acontecendo.

Ele chegou a pedir socorro?

Não. Assim que eu saí do bar, vi ele vindo em minha direção na calçada. Já estava baleado, sangrando e cambaleando. Aí ele caiu no chão em frente ao meu bar. Pedimos socorro, mas quando o Samu chegou ele já havia falecido.

Foi um choque?

Sem dúvidas. Ele sempre estava aqui. Na padaria, almoçando. Ninguém esperava.

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