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Polícia: professora foi morta após descobrir que namorado era casado

Polícia: professora foi morta após descobrir que namorado era casado

Tarcizo dos Santos Cortez manteve namoro com Suelen Souza Silva por um ano, sem que ela soubesse que ele era casado. Quando a vítima descobriu que era enganada, terminou o relacionamento

Publicado em 5 de agosto de 2019 às 14:25

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O suspeito de cometer o crime era ex-namorado de Suelen e não aceitava o fim do relacionamento. (Redes Sociais/Reprodução)

Depois de um ano de relacionamento, a professora Suelen Souza Silva, de 33 anos, descobriu que era enganada pelo namorado. Tarcizo dos Santos Côrtes, de 32 anos, levava uma vida dupla: é casado há três anos, mas nunca revelou que tinha uma família e dizia que morava em Guarapari. Quando soube da verdade, Suelen terminou o namoro. Revoltado com o fim do relacionamento e com medo de a esposa descobrir, Tarcizo matou a professora a tiros na tarde da última quarta-feira (31), no bairro Interlagos, em Linhares.

A informação é do delegado Leandro Sperandio, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Linhares. O acusado se entregou na sexta-feira (02). “A motivação do crime foi o duplo relacionamento que ele possuía. Era casado, mas conheceu a Suelen por rede social e namorava havia um ano. Quando ela soube, decidiu romper com ele. O Tarcizo ficou atordoado, não concordava com o fim do relacionamento, e como tinha receio que sua família descobrisse a verdade, que ele mantinha um relacionamento extraconjugal, ele foi até a casa da Suelen e cometeu o crime”, detalhou Sperandio.

Professora foi morta após descobrir que namorado era casado

INVESTIGAÇÕES

Delegado Leandro Sperandio, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Linhares. (Loreta Fagionato)

Segundo o delegado, Tarcizo fugiu para Colatina após o crime. A Polícia Civil realizou buscas, mas não o encontrou. No dia seguinte, uma quinta-feira (01), foi pedido à Justiça um mandado de prisão temporária contra ele. Já na sexta-feira (02) pela manhã, os investigadores encontraram um carro que o acusado havia comprado para fugir, mas ele desfez a venda.

“Iniciamos as investigações e tomamos conhecimento que o suspeito seria o Tarcizo. Desde então, a equipe de campo já começou as diligências, de tarde soubemos que ele estava em Colatina, na quinta pedimos a prisão temporária à Justiça. Na sexta, a prisão já estava decretada e encontramos o veículo que ele comprou para a fuga. Mas o suspeito foi aconselhado por familiares e decidiu se entregar na delegacia, na tarde de sexta-feira”, explicou.

PULOU MURO E ARROMBOU PORTAS

Suelen Souza Silva, de 33 anos, foi morta a tiros na manhã desta quarta-feira (31), no bairro Interlagos, em Linhares. (Internauta)

De acordo com Sperandio, após o fim do namoro, Tarcizo passou a fazer ameaças contra Suelen. Assustada, ela chegou a registrar um boletim de ocorrência contra o suspeito, pois “estava perturbada e se sentindo ameaçada”. A Polícia Civil já havia pedido à Justiça uma medida protetiva para a vítima. Mesmo assim, ele cometeu o crime.

“Ele esteve na casa de Suelen na quarta-feira (31) e pediu para entrar e conversar. Ela não aceitou, correu para o interior da residência e trancou as portas. Então, ele pegou a arma no carro, pulou o muro, arrombou a porta da cozinha e depois a do banheiro, e matou a Suelen a tiros. Ele afirmou que estava muito atordoado no momento do crime”, disse o delegado.

O titular da DHPP de Linhares explicou que ainda não é possível afirmar se o crime foi premeditado, mas o acusado levou a arma ao local. “É complicado dar essa resposta, mas ele já estava com a arma. Não tinha juízo de certeza, mas havia a possibilidade”, ressaltou.

FEMINICÍDIO

16ª Delegacia Regional de Linhares. (Loreta Fagionato)

O crime foi enquadrado como feminicídio. “Podemos concluir que a causa da morte foi a violência de gênero, a não concordância do fim do relacionamento”, disse Sperandio.

Tarcizo não tinha passagens pela polícia. Ele foi encaminhado para a Penitenciária Regional de Linhares (PRL). A prisão temporária vale por 30 dias, tempo suficiente para a Polícia Civil avaliar a conclusão das perícias e terminar as investigações, segundo o delegado.

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Leandro Sperandio ainda contou que a família do acusado será ouvida durante as investigações, porém será preservada pela polícia. “Eles estão sofrendo com toda essa situação”, afirmou.

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