Um deficiente visual afirma que foi agredido por policiais militares durante uma abordagem no bairro Nova Conquista, em Aracruz, região Norte do Estado. A confusão aconteceu na manhã deste sábado (02). Uma mulher também alega que foi atacada pelos militares, pois filmava toda a ação com o celular. No momento ela segurava sua filha de 6 meses no colo e, quando a mão dela foi colocada contra a parede pelos militares, a criança teria batido a cabeça.
O vídeo gravado pela dona de casa Thayná dos Santos tem quase 2 minutos e mostra um policial apontado uma arma em frente a casa do aposentado Ademir Gonçalves e muita gritaria. Ela desce a escada com pressa e em seguida mostra Ademir sendo segurado pelos braços e sendo puxado pelos militares, enquanto a dona de casa grita repetidas vezes que ele é deficiente visual. Ela também critica a ação e diz: Isso não é polícia!.
Thayná também acusa os policiais de terem agredido um cachorro. Judia de animal e judia de deficiente visual, reclama. Algum PM responde que a dona de casa pode ligar para um advogado. Pouco depois, Ademir é levantado e conduzido à viatura e o vídeo acaba.
Em entrevista à TV Gazeta Norte, o aposentado disse que foi agredido pelos policiais sem qualquer motivo. Ele apresenta machucados nas pernas, braço e na cabeça. Já Thayná afirmou que foi jogada na parede por um militar, que a segurou pelo pescoço. Sua filha, que estava no colo, teria batido a cabeça na parede. As vítimas registraram boletim de ocorrência. Indignados com a situação e reclamando que a PM tem agido com truculência no bairro, os moradores pediram Justiça.
O OUTRO LADO
No Batalhão da PM em Aracruz, o subtenente Fábio informou que os policiais só estiveram no local depois que um militar que mora na rua teria sofrido ameaças. Ele ainda acrescentou que, durante a abordagem, Ademir teria desacatado os policiais e foi imobilizado e preso por conta disso.
Em nota, a assessoria da Polícia Militar afirmou que não coaduna com ações ilegais praticadas por seus integrantes e orienta àqueles que se sintam constrangidos a procurarem a Corregedoria, munidos das provas relativas à acusação, para início do processo que apurará as responsabilidades dos envolvidos.
Já a Polícia Civil explicou que investiga todos os casos formalizados nas delegacias e orienta que as vítimas desse tipo de caso registrem a ocorrência em qualquer delegacia, munidas de todo material que comprove o crime e que auxilie a polícia no trabalho de investigação.
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