O pastor George Alves estuprou o próprio filho, Joaquim Alves Salles, de 3 anos, e o enteado, Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos, antes de agredir e atear fogo nas crianças ainda vivas. Os crimes ocorreram no dia 21 de abril, na casa onde a família morava, no Centro de Linhares, Região Norte do Espírito Santo.
As revelações sobre o caso, que deixou uma cidade inteira de luto e chocou o Estado e o país, foram dadas por uma força-tarefa da Polícia Civil, em uma entrevista coletiva à imprensa, na manhã desta quarta-feira (23).
A substância PSA é produzida pela próstata, o que comprova, segundo o delegado, que houve estupro. Jaretta reforçou que a polícia traçou uma concatenação de como ocorreram os fatos que chocaram a todos os envolvidos na investigação por tamanha crueldade do crime.
"Ele agrediu as crianças. Foi encontrado vestígio de sangue no box do banheiro, que um exame comprovou ser de Joaquim, seu filho biológico. Com as crianças vivas, porém desacordadas, ele as levou para a cama, utilizou um combustível derivado de petróleo e ateou fogo nelas e no local, fazendo com que elas fossem mortas pelo calor do fogo. Elas foram mortas pelo fogo. O exame comprova os meninos foram mortos carbonizados. Os dois tinham fuligem na traqueia, o que indica que eles respiravam a fumaça do incêndio", detalhou o delegado André Jaretta.
O pastor George ateou fogo nas crianças com o objetivo de ocultar os crimes de estupro. "Feito isso, o investigado (pastor George) foi para o ambiente externo da casa, sem abrir o portão, ficou andando de um lado para outro, até que transeuntes vissem o cenário, parassem e, por conta própria, prestassem auxílio, abrindo o portão, mas não tendo mais condições de prestar socorro às crianças", disse o delegado.
"Não bastasse esse ato, vimos que o investigado buscou se promover, tentando mostrar uma personalidade muito inversa do que sua conduta mostrou", afirmou.
A forca-tarefa que investiga o caso detalhou a investigação para a imprensa, na sede da Secretaria de Estado de Segurança Pública, em Vitória, na manhã desta quarta-feira (23).
INVESTIGAÇÃO DESMONTOU VERSÃO DO PASTOR
As declarações mentirosas e contraditórias dadas por George Alves levaram a Polícia Civil a desconfiar de que a morte dos irmãos Joaquim, de 3 anos, e Kauã, de 6 anos, não havia sido provocada por um incêndio acidental.
À imprensa, na porta do Departamento Médico Legal (DML), em Vitória, na tarde do dia 23 de abril, o pastor declarou que tentou salvar o filho e o enteado, mas não conseguiu por conta do fogo intenso. Na entrevista, ele ainda falou sobre fé e representou como teriam sido os últimos momentos de vida das crianças. Todas as declarações foram desmentidas posteriormente pela força-tarefa criada para investigar o caso.
SANGUE
O que conclui a investigação
Vizinhos ouviram os gritos das crianças pouco tempo antes de elas serem mortas. Os irmãos foram estuprados, agredidos e depois queimados por George, segundo a polícia. Traços de sangue de Joaquim foram encontrados no box do banheiro social da casa e na escrivaninha do quarto das vítimas.
Perícia concluiu que Joaquim e Kauã estavam desacordados quando foram queimados vivos, portanto não gritaram. Imagens de câmeras de videomonitoramento próximas à casa mostram que o fogo começou às 2h20.
QUARTO FECHADO
O que conclui a investigação
Porta e janela do quarto estavam fechadas. As crianças estavam desmaiadas e não gritaram pedindo ajuda. Portanto, Kauã não tentou salvar o irmão, segundo a perícia. O pastor também não chegou perto da cama enquanto ela queimava.
SEM QUEIMADURAS
O que conclui a investigação
George não apresentava nenhuma lesão de queimadura no corpo que indicasse que ele tentou salvar os filhos. Os corpos estavam lado a lado na cama e ainda não se sabe se foram colocados desta forma por George ou se um caiu da parte de cima do beliche quando o móvel foi destruído. O pastor não gritou pedindo socorro no momento em que o fogo começou. Ele foi visto dando voltas na varanda da casa, de cueca, e só se manifestou quando vizinhos começaram a aparecer oferecendo ajuda.
FRIEZA
No mesmo dia em que matou o filho e o enteado, George Alves participou de um culto na Igreja Batista Vida e Paz de Linhares acompanhado da esposa Juliana Alves. Com os pés enfaixados, ele chorou muito e foi amparado por amigos e membros da congregação. No dia seguinte ao crime, o pastor comandou o culto e convocou os fiéis horas antes pela internet. #EU DISSE SIM VOU ATE O FIM# *estarei ministrando, espero vcs, publicou ele na ocasião.
Após um mês de investigação, a polícia divulgou nesta quarta-feira (23) que o pastor George Alves é acusado de estuprar, espancar e queimar vivos o filho, Joaquim, de 3 anos, e o enteado, Kauã, de 6 anos.
A CONCLUSÃO DO CRIME BÁRBARO
O pastor George estuprou o próprio filho, Joaquim, de 3 anos, e o enteado, Kauã, de 6, antes de atear fogo nas crianças ainda vivas. Os crimes ocorreram no dia 21 de abril, na casa onde a família morava, no Centro de Linhares, Região Norte do Espírito Santo.
As revelações sobre o caso que chocou o país e deixou uma cidade inteira de luto foram dadas pela força-tarefa da Polícia Civil, em entrevista coletiva à imprensa, na manhã desta quarta-feira (23).
A substância PSA, presente no sêmen e produzida pela próstata, foi encontrada nos corpos dos meninos, o que comprova, segundo o delegado, que houve estupro. Jaretta reforçou que a polícia traçou uma concatenação de como ocorreram os fatos que chocaram a todos os envolvidos na investigação por tamanha crueldade do crime.
"Ele agrediu as crianças. Foi encontrado vestígio de sangue no box do banheiro, que um exame comprovou ser de Joaquim, seu filho biológico. Com as crianças vivas, porém desacordadas, ele as levou para a cama, utilizou um combustível derivado de petróleo e ateou fogo nelas e no local, fazendo com que elas fossem mortas pelo calor do fogo. Elas foram mortas pelo fogo. O exame comprova os meninos foram mortos carbonizados. Os dois tinham fuligem na traqueia, o que indica que eles respiravam a fumaça do incêndio", detalhou o delegado André Jaretta.
O pastor George ateou fogo nas crianças com o objetivo de ocultar os crimes de estupro. "Feito isso, o investigado (pastor George) foi para o ambiente externo da casa, sem abrir o portão, ficou andando de um lado para outro, até que transeuntes vissem o cenário, parassem e, por conta própria, prestassem auxílio, abrindo o portão, mas não tendo mais condições de prestar socorro às crianças", disse o delegado.
"Não bastasse esse ato, vimos que o investigado buscou se promover, tentando mostrar uma personalidade muito inversa do que sua conduta mostrou", afirmou.
A forca-tarefa que investiga o caso detalhou a investigação para a imprensa, na sede da Secretaria de Estado de Segurança Pública, em Vitória, na manhã desta quarta-feira (23).
SECRETÁRIO CHAMA PASTOR DE 'MONSTRO' E CRITICA LEGISLAÇÃO
O secretário estadual de Segurança Pública, coronel Nylton Rodrigues, afirmou em entrevista à TV Gazeta que o pastor Georgeval Alves, que estuprou e matou o próprio filho, Joaquim Alves Salles, de 3 anos, e o enteado, Kauã Salles Butkovsky, 6, não ficará muito tempo preso. George foi indicado como autor do crime, que aconteceu no dia 21 de abril em Linhares.
"Ele continua detido e, com certeza, será condenado. Aí vem a nossa legislação e ele não fica nem 30 anos na cadeia - porque tem a progressão da pena, abatimento da pena. É hora de o nosso legislador lá em Brasília ver isso", criticou.
O coronel informou, também, que o inquérito será encaminhado na semana que vem para a Justiça e para o Ministério Público. George foi indiciado por duplo homicídio triplamente qualificado e duplo estupro. Na soma total da pena, ele pegaria 126 anos de cadeia.
FRIO E CALCULISTA
Nylton Rodrigues ainda informou que o pastor teve comportamento frio e calculista e que em nenhum momento ele se emocionou ao saber das conclusões do caso.
COMBUSTÍVEL NAS CRIANÇAS VIVAS
O pastor George Alves mentiu à polícia sobre a forma como o incêndio aconteceu e usou combustível para que o fogo se propagasse mais rápido. As informações foram repassadas em coletiva de imprensa sobre as investigações do caso na manhã desta quarta-feira (23). O trabalho do Corpo de Bombeiros e as investigações da Polícia Civil revelaram que os irmãos Joaquim Salles Alves, de 3 anos, e Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos, foram encontrados no foco inicial do incêndio, na noite do dia 21 de abril.
Logo após o incêndio, George Alves chegou a afirmar que o fogo teria começado no ar-condicionado e que ele teria escutado os gritos das crianças. O cenário que o Corpo de Bombeiros encontrou no dia do incêndio, no entanto, é completamente diferente do que relatou o pastor.
Ainda de acordo com o tenente-coronel, o incêndio aconteceu muito rápido. As investigações mostraram que George ateou fogo nas crianças vivas, porém desacordadas, e usou combustível para acelerar o incêndio.
"Estavam vivas e morreram rapidamente, foram expostas ao fogo rapidamente. A destruição do cômodo aconteceu tão rápido e antes da ventilação. A hipótese de incêndio do senhor Georgeval não bate com a velocidade do incêndio, caso se iniciasse pelo ar-condicionado. Tentamos reproduzir no computador esse incêndio começando pelo ar-condicionado, reduzimos o ponto de ignição do combustível, diminuímos o tempo da janela se quebrar e, mesmo com esses ajustes, não há possibilidade para esse incêndio ter acontecido tão rápido sem o uso de acelerantes", detalhou.
Quando os bombeiros chegaram ao local, o quarto estava completamente destruído. O tenente-coronel explicou como tudo aconteceu.
"Quando a guarnição chegou encontrou uma destruição muito grande do cômodo. Eram três colchões em uma cama beliche com cama auxiliar. Só a cama de baixo estava com algum vestígio. Por volta de 2h20 da manhã, a porta do quarto foi aberta. 2h22 a fumaça saiu pela janela. Então o incêndio se desenvolveu com mais intensidade. Dois minutos depois, chegou o carro com dois rapazes para tentar entrar no quarto. Depois a janela se quebra, dá mais oxigênio para o fogo ficar mais forte. 2h30 o Corpo de Bombeiros chegou. Quando a guarnição chegou já não havia mais cama e nem escrivaninha, só fogo no armário", explicou.
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