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Devoção à Nossa Senhora da Penha atravessa gerações

Devoção à Nossa Senhora da Penha atravessa gerações

Do pedido da avó à cura do neto pequeno, família reúne histórias de milagres e fé

Publicado em 27 de abril de 2019 às 19:46

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Da esquerda para direita: Luiz Fernando Zorzaneli, Marcos Zorzaneli e Luci Kesi Martinelli Zorzaneli. (Larissa Avilez)

De pais para filhos passa a genética, a educação e também a fé em Nossa Senhora da Penha – pelo menos é isso o que acontece em uma família de Colatina, cidade que fica a cerca de 140 km de Vila Velha, onde está o Convento da Penha. A distância física até a casa da Padroeira do Espírito Santo, no entanto, só pareceu ter fortalecido a crença, que já atravessa três gerações dos Zorzanelis.

Com memórias reconstruídas através das histórias contadas pela mãe e pelos vizinhos, Marcos revela que era uma criança bastante chorona. “Desde que nasci, eu chorava sem parar e ninguém sabia o porquê. Não era fome, não era sono e tampouco era normal”, explica. “Continuei assim até os sete meses de idade”.

As lágrimas cessaram apenas quando a mãe fez uma promessa à Santa e o levou ao Convento, ainda em 1966, época em que a viagem era bem mais complicada que atualmente. “Meu pai foi contra, mas eles foram mesmo assim. Lá, um padre me abençoou e me deu um santinho da Nossa Senhora da Penha, que guardo até hoje”, lembra o gerente de TI.

Depois do episódio, os dias e as noites na casa da família ficaram muito mais tranquilas e silenciosas. Como forma de agradecimento, eles retornavam todo ano ao Convento da Penha. Idas e vindas que ensinaram Marcos a amar o local e tudo o que ele representa. Casado e já pai de uma menina, ele viu a presença da Santa crescer ainda mais quando o filho veio ao mundo.

Nossa Senhora da Penha fez duas intercessões na vida de Marcos Zorzaneli, de acordo com o próprio. (Larissa Avilez)

Caçula, Luiz Fernando nasceu prematuro por três semanas e pesando pouco mais de 2 kg. Apesar do quadro e da dificuldade do bebê em se alimentar, o médico deu alta. Com duas semanas de vida, o filho ficou internado por 18 dias no Hospital Metropolitano de Vitória, onde uma médica informou um quadro sério de hipoglicemia.

“Ela nos disse que nosso filho estava muito mal, quase morrendo. A taxa de glicemia que deveria estar em 70 (mg/dL), estava em apenas cinco. Por volta das 23h, ele ficou inerte e, nesse momento, eu senti a presença de Nossa Senhora da Penha. Os profissionais realizaram alguns procedimentos e nós rezamos muito”, relembra emocionado.

Hoje, há aproximadamente seis meses de completar a maioridade, Luiz Fernando é um jovem saudável. Por isso, há 17 anos, todo dia 8 de outubro, a família realiza uma peregrinação até o Convento da Penha, para simbolizar a gratidão à Santa. “Acordamos às 5h30 e vamos todos a Vila Velha. Assistimos à missa, rezamos e depois aproveitamos o dia”, conta Marcos.

Antes da viagem, normalmente acontecem duas tradições: um parabéns para o filho ainda na cama e uma oração no santuário dedicado à Nossa Senhora da Penha, que fica no corredor da casa do bairro Carlos Germano Naumann. Quase que no meio da residência, a fé é também o centro da família e deve permanecer assim.

“Sou muito influenciado pela fé do meu pai. Acho um ato muito bonito, esse de ir anualmente ao Convento e pretendo continuar, mesmo quando já for independente e tiver a minha família. Acredito, de verdade, que fui curado por Nossa Senhora da Penha”, comenta Luiz Fernando, que também deve seguir o pai na carreira profissional.

SE ISSO JÁ NÃO FOSSE O SUFICIENTE...

Nossa Senhora da Penha já está na terceira geração na família e talvez esta nem pensasse que ela poderia ser ainda mais presente. Porém, Marcos e Luci Kesi se envolveram com uma comunidade no Córrego Ageu, que está voltando a se fortalecer. Os dois colaboraram com a população local e prometeram participar de uma missa especial.

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A celebração acontecerá no próximo dia 4 de maio, às 19h. A homenageada? Nossa Senhora da Penha. Além do Estado, ela é também, coincidentemente, padroeira desta comunidade de Colatina. “Nós não acreditamos quando vimos. É incrível como ela está sempre à nossa volta”, sacramenta Marcos.

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