Em forma de vigília em homenagem às vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, Minas Gerais, manifestantes capixabas realizaram um movimento em frente à portaria da mineradora localizada em Jardim Camburi, em Vitória, na tarde desta sexta-feira (1).
De acordo com o organizador da vigília e coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), Heider Boza, havia pelo menos 100 pessoas no local. A portaria da Vale foi fechada para evitar que os manifestantes entrassem na empresa.
"Eles (manifestantes) estão vindo em solidariedade aos outros atingidos. Eles passaram pelo problema similar e, infelizmente, estão vivendo esse drama há 3 anos. Estão se solidarizando com quem vai viver esse drama agora", disse.
Várias lideranças religiosas estiveram no local, entre eles, Padre Kelder Brandão, o pastor Ismar Schiefelbein e Dom Wladimir Dias. Camaroeiros da Praia do Suá, moradores de Regência e de Colatina também compareceram à manifestação, além de lideranças políticas, como o prefeito de Baixo Guandu, Neto Barros (PC do B), André Moreira (PSOL) e Iriny Lopes (PT).
"Nós estamos em uma celebração, que é a celebração da vida, das pessoas que sobreviveram a essa tragédia, que saíram ilesas. Vamos agradecer o dom da vida deles, e também pedir aos que foram vitimados, aos que faleceram, para que eles sejam encontrados, em vista da dor dos familiares. É preciso que eles celebrem esse momento, celebrem o luto, que tenham um enterro digno dessas pessoas", disse Dom Wladimir.
Com bandeiras, os manifestantes criticaram a empresa e a culparam pela tragédia em Brumadinho. "Não foi acidente. A Vale mata rio, mata bicho e mata gente", disseram. Uma viatura da Polícia Militar está no local.
Durante a noite, Iriny Lopes (PT) e representantes do Levante Popular da Juventude discusaram em um trio elétrico. Padre Kelder também discursou e finalizou o movimento com uma oração.
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