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Diferença apertada entre as 5 primeiras do Grupo Especial

Diferença apertada entre as 5 primeiras do Grupo Especial

Especialistas apontam a mudança de jurados como principal causa da proximidade das notas

Publicado em 1 de março de 2019 às 01:17

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Casal de mestre-sala e porta-bandeira da Boa Vista: campeã teve 179,7 pontos. (Fábio Vicentini)

A diferença de entre as notas das cinco primeiras escolas de samba do Grupo Especial do Carnaval de Vitória não ultrapassou passou de cinco décimos. As cinco primeiras são, nesta ordem: Boa Vista, MUG, Novo Império, Jucutuquara e Piedade.

A proximidade das notas chamou a atenção de especialistas que apontaram a mudança dos jurados como principal causa. Até o ano passado, os avaliadores eram de São Paulo. Em 2019, todos os 27 julgadores foram moradores do Espírito Santo.

A título de comparação, no ano passado, a escola campeã, a MUG, ficou com 178,8 pontos, enquanto a Boa Vista – que ficou em segundo – somou 178,1, ou seja, uma diferença de sete décimos. Desta forma, a distância de pontos entre as duas mais bem pontuadas do ano passado é maior do que a diferença entre as cinco primeiras deste ano. Desta vez, a campeã, Boa Vista, teve 179,7 e a vice, MUG, 179,6.

A especialista em carnaval Any Cometti diz que a melhora, de uma forma geral, na qualidade dos desfiles das escolas também um fator a ser contado. Mas ela aponta que apenas isso não causaria esse “aperto” entre as notas finais.

“A primeira causa dessa proximidade é a mudança dos jurados. Tem sim a melhor qualidade dos desfiles, mas ainda tem escolas que se destacam, principalmente em alegorias e fantasias. No meu ver, não era para ter escolas cinco escolas com notas tão próximas” opina.

Especialistas criticaram o fato de dois jurados terem dado nota 10 para bateria de todas as escola.

O pesquisador de Carnaval Jocelino Junior diz que coma uniformidade das notas questões técnicas entre uma bateria e outra deixaram de ser consideradas.

Para Any, os sete conjuntos de ritmistas do Grupo Especial são bons, mas nem todos merecem nota máxima.

“O que a gente pode ver no julgamento de bateria é que dois jurados que deram nota dez para as escolas, isso passa a impressão de que são pessoas que não sabem julgar o que estão avaliando. As baterias são boas, estão melhorando mas ainda tem bateria que não merece nota dez”, defende.

ANÁLISE

NOVOS JULGADORES

Neste ano, as escolas tiveram uma nova análise, com novas pessoas julgando carnaval e, a partir daí, o resultado ficou mais apertado. Mas, pelas notas dadas por dois jurados (10 para todas as baterias), vemos que questões técnicas de uma bateria para a outra que deixaram de ser consideradas. E esse quesito foi primordial para a proximidade das notas finais. Confio nos nossos especialistas, mas é preciso aprimorar essa análise.

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Jocelino Junior Pesquisador de Carnaval

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