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Empresas vão estudar uso de hidrogênio verde na produção de aço no ES

Empresas vão estudar uso de hidrogênio verde na produção de aço no ES

ArcelorMittal Tubarão e EDP Brasil assinaram um acordo para avaliar a viabilidade técnica e econômica de uma planta-piloto utilizando fonte de energia limpa

Publicado em 26 de outubro de 2023 às 18:05

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Com os projetos de energia eólica que estão em curso no Estado, além dos solares já existentes, a expectativa é que futuramente também seja fabricado o hidrogênio verde.
Uso de hidrogênio verde é meta de empresas do Espírito Santo. (Shutterstock)

De olho em novas fontes de energia renovável, a ArcelorMittal Tubarão e a EDP Brasil firmaram um acordo para avaliar a viabilidade técnica e econômica de uma planta-piloto para a produção e uso de hidrogênio verde no processo de fabricação do aço no Espírito Santo. 

Após passar pela etapa de viabilidade técnica, a expectativa é avaliar a instalação da planta-piloto e, então, também será feita a previsão de investimentos. O estudo deve ser concluído em um ano.

A viabilidade preliminar é a primeira etapa do processo, momento em que serão avaliados os aspectos técnicos, econômicos e ambientais do projeto. Também serão definidos o escopo e os requisitos necessários para sua execução, estabelecendo uma base sólida para decisões relacionadas às próximas fases da parceria.

O estudo de cooperação teve início no mês de agosto, quando os grupos de trabalho de diversas áreas, como engenharia, desenvolvimento de projeto, ambiental, utilidades, regulação e financeiro, iniciaram as atividades, trabalhando de forma colaborativa e integrada para identificar possíveis modelos de negócios mutuamente benéficos.

Assinatura de acordo sobre uso de hidrogênio verde
O governador Renato Casagrande e os executivos da ArcelorMittal, Jorge Oliveira, e da EDP Brasil, João Marques da Cruz. (Divulgação)

Segundo informou a ArcelorMittal Tubarão, a iniciativa faz parte dos esforços da empresa para impulsionar a produção de aço de baixo teor de carbono e da EDP – empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico brasileiro – para expandir a produção de hidrogênio verde utilizando o conhecimento da empresa, que foi pioneira na produção da primeira molécula de hidrogênio verde da América Latina em dezembro de 2022.

A viabilidade de instalação de uma planta-piloto será avaliada conforme os resultados obtidos nas diversas etapas do estudo, principalmente no estágio de definição do projeto. Nessa fase, a previsão de investimentos e os resultados completos de viabilidade serão analisados em detalhe para subsidiar a tomada de decisão sobre a implantação da planta-piloto. 

Jorge Oliveira, CEO da ArcelorMittal Aços Planos América Latina, afirma que essa iniciativa está alinhada com a meta global do grupo de se tornar neutro em carbono até 2050, participando do processo de transição para uma economia de baixo carbono.

Empresas vão estudar uso de hidrogênio verde na produção de aço no ES

“O estudo em parceria com a EDP representa mais um passo significativo nessa jornada. Com essa colaboração, exploraremos a possibilidade e a viabilidade de, futuramente, incorporar e aplicar o hidrogênio como parte do nosso processo produtivo, contribuindo com alternativas para nos tornarmos no futuro uma empresa carbono neutro”, ressalta o executivo, acrescentando que se trata de um projeto-piloto e que, para o futuro, será avaliada a viabilidade de expansão para outras unidades da ArcelorMittal no Brasil.

A parceria também faz parte das iniciativas da EDP para liderar a transição energética, com investimentos em fontes renováveis.

“Para que o Brasil possa despontar como uma referência na produção de hidrogênio verde é crucial que haja demanda. A parceria com a ArcelorMittal é um exemplo de como a EDP está trabalhando para fomentar este mercado e colocando em prática toda a nossa expertise e pioneirismo neste tema. Esperamos que este seja o primeiro projeto de expansão da produção hidrogênio verde e de parcerias estratégicas da EDP com diferentes segmentos da indústria que podem ser descarbonizados”, destaca João Marques da Cruz, CEO da EDP Brasil.

O governador Renato Casagrande (PSB) acompanhou a assinatura do Memorando de Entendimento entre as empresas e avalia que a parceria se apresenta como uma grande alternativa para substituir combustíveis fósseis. Para ele, trata-se de uma ótima notícia para o meio ambiente e para a economia verde.  "É um compromisso com um futuro mais sustentável e energético."

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