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Comércio e consumidores no ES mudam hábitos para o Dia das Mães

Comércio e consumidores no ES mudam hábitos para o Dia das Mães

Especialistas dão dicas para empreendedores e consumidores aproveitarem a data, comemorada no próximo domingo (10), e também aquecerem as vendas durante o período de isolamento social

Publicado em 8 de maio de 2020 às 17:51

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Plataformas digitais têm sido o caminho encontrado para os consumidores presentearem nesse Dia das Mães
Plataformas digitais têm sido o caminho encontrado para os consumidores presentearem nesse Dia das Mães. (fancycrave1/ Pixabay )

Diante das medidas de isolamento social, por causa do coronavírus, o setor varejista e o consumidor capixaba tiveram que mudar sua rotina e, no caso dos comerciantes, também as estratégias de venda para o Dia das Mães deste ano, comemorado no próximo domingo (10). Com a maioria das lojas fechada e a população com menor poder aquisitivo e receosa em fazer gastos, a data comemorativa – a segunda com maior em vendas do ano – será diferente, mas festejada.

De acordo com a pesquisa Dia das Mães Behup/Globo 2020, 81% das pessoas costumam celebrar a data, e sete em cada 10 pretendem celebrar este ano mesmo com a Covid-19. O estudo também aponta que 57% das pessoas acham que a data se tornou ainda mais importante – apenas 4% dos entrevistados acham que a importância diminuiu.

“Devemos ter de 20% a 25% nas quedas de vendas no Dia das Mães de 2020. Mas, 70% dos brasileiros querem presentear, mesmo que seja com objetos simples. A maioria das pessoas não passou por isso de ter que ficar tanto tempo confinado em casa. Mas, ao mesmo tempo, a ocasião traz essa sensação de querer demonstrar afeto por quem você ama. Presentear, às vezes, não só a mãe, o pai também, a família”, afirma Welwson Coutinho, consultor da Associação Comercial e Empresarial do Espírito Santo (ACE-ES), que participou de uma live, nesta quinta (7), no Instagram de A Gazeta.

Plataformas digitais  e relacionamento

As empresas tiveram que se reinventar durante a pandemia, de acordo com a diretora da A4 Comunicação e Marketing, Adriana Chammas. Segundo ela, a internet e as redes sociais estão sendo as “grandes vedetes” do momento. Marcas criaram vitrines virtuais e tours por lojas, entre outras estratégias, para ganharem receita nesta data comemorativa.

“Muitas empresas varejistas de maior porte já tinham seus e-commerce em funcionamento e simplesmente impulsionaram mais para dar visibilidade. Varejistas de menor porte, localizados em shoppings, receberam suporte de estratégias digitais, criando-se a figura do drive-thru para mercadorias, algo até então inédito para vários ramos de atividades. E varejistas de menor porte, localizados em rua, exploraram suas redes sociais e fizeram um trabalho de relacionamento com sua carteira cativa de clientes”, conta Adriana.

Delivery: consumidores passaram a pedir não só comida por aplicativos. Compra de objetos por meio dessas plataformas cresceu depois do fechamento das lojas físicas.
Delivery: consumidores passaram a pedir não só comida por aplicativos. Compra de objetos por meio dessas plataformas cresceu depois do fechamento das lojas físicas. (Kerde Severin/ Pexels)

Um dos hábitos que cresceu durante a pandemia é a realização do processo de compra por meio de aplicativos de mensagem, como o WhatsApp. De acordo com Welwson Coutinho, esse canal é uma oportunidade para que as pessoas possam entrar em contato direto com o vendedor com o qual ele já tem costume de comprar na loja física. A vantagem também é do empreendedor, que pode ter um relacionamento mais estreito com o cliente.

O primeiro passo para empresários poderem se preparar para as vendas durante e o pós-quarentena é criar um banco de dados dos clientes, com nome, telefone, e-mail e data de aniversário. Com essas informações, segundo o consultor, uma lista de distribuição de WhatsApp pode ser criada para envio de ofertas, por exemplo. “O comerciante local deve aproveitar as redes sociais para fazerem sua divulgação e as plataformas pagas, se possível, para expor sua marca. Coloque preços, faça uma promoção e dê algo diferenciado”, afirma.

Vantagens para os clientes

Welson diz que é preciso que os empreendedores ofereçam vantagens aos clientes, como descontos e a gratuidade – ou o menor valor possível – no frete. Nessa mesma linha, a criação de vouchers e vales-presente para compras futuras tem sido uma saída encontrada pelos empresários e que beneficia quem compra e quem vende.

“Tem sido bastante comum a compra do serviço agora para consumo daqui a 90, 120 dias ou quando puder ser usufruído. Os comerciantes estão vendendo vouchers e dando desconto. É uma forma de o consumidor que já gostaria de ter um serviço, como procedimento estético, e estava sem grana de comprá-lo por causa do preço, de agora poder tê-lo por um valor mais barato. O prestador de serviço, por sua vez, ganha receita para continuar tocando o negócio dele”, diz o consultor.

Outra dica de Welson é que os empresários se unam para trocarem experiências e um ajudar e fortalecer o outro. “Se você conhecer o seu concorrente, converse com ele, saiba quais as dificuldades que ele está tendo, quais soluções está encontrando e passe para ele as mesmas informações. Esse é um momento de todos nós, enquanto sociedade organizada, darmos as mãos. Juntos somos mais fortes.", completa.

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Consumidor: pesquisar, negociar e dar preferência ao comércio local

Segundo especialistas que trabalham com varejo, o consumidor precisa pesquisar e também negociar com os comerciantes para poder garantir produtos mais baratos e condições diferenciadas. Outra dica é dar preferência aos empreendedores locais, não só para ajudar a fortalecer a economia da região, como também por ser uma forma de garantir a entrega mais rápida das mercadorias. Além disso, muitas vezes os proprietários e funcionários do comércio da vizinhança são conhecidos dos compradores e isso gera mais confiança para todo o processo de compra.

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“Tem muita promoção bacana acontecendo nas redes sociais e nos sites das marcas , então é pesquisar e aproveitar as promoções utilizando os serviços de delivery para o presente chegar de uma forma segura as nossas mães”, recomenda a Haiane Rocha, coordenadora de mídia na MP Publicidade.

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