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'Bolsonaro pode ser um novo Itamar Franco', diz Maílson da Nóbrega

"Bolsonaro pode ser um novo Itamar Franco", diz Maílson da Nóbrega

Ex-ministro disse que Itamar falava bobagem todo dia, mas foi um presidente que teve êxito, sobretudo na economia com o controle da inflação

Publicado em 26 de outubro de 2019 às 17:50

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O economista Maílson da Nóbrega no Encontro de Lideranças. (Carlos Alberto Silva)

“Será que o (presidente Jair) Bolsonaro pode ser um novo Itamar Franco?”. O questionamento é do economista e ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, que sugeriu várias semelhanças entre o ex-presidente que sucedeu Collor e o atual.

Ele pontuou alguns pontos: sorte, personalidade e falas polêmicas e indicativos do possível sucesso econômico do atual governo, assim como Itamar obteve ao controlar a hiperinflação com o Plano Real.

“O Itamar era muito parecido com ele (Bolsonaro). Todo dia falava uma bobagem”, afirmou o ex-ministro para uma plateia de empresários e líderes políticos no 14º Encontro de Lideranças Pedra Azul, realizado pela Rede Gazeta, Grupo Cepemar, Grupo Águia Branca e Unimed Vitória.

“Ele (Itamar) causava tanto problema com suas falas em entrevistas na porta do Palácio que o mercado financeiro na época fez uma comissão e foi lá para pedir para ele não falar antes da abertura ou depois do fechamento do mercado, pois muitas vezes isso derrubava a Bolsa. Pediram para ele falar apenas na hora que o mercado estivesse aberto”.

O êxito do Itamar passou pela estabilidade econômica, afirmou o economista. “Com o fim da hiperinflação, ele chegou a ter popularidade de 85%. Muita coisa ajudou, como os legados de gestões anteriores até do que não deu certo, como os planos econômicos mal sucedidos que mostraram qual caminho não seguir.”

No caso de Bolsonaro, Maílson da Nóbrega pontuou que o legado de Temer também pode ajudar o governo Bolsonaro, além de bons projetos de reformas prontos oferecidos. “O caminho para ele dar certo passa pelas reformas, e há um amadurecimento da sociedade sobre reformas básicas hoje, uma consciência maior”, disse. “Além de tudo ele (Bolsonaro) ainda tem sorte”, completou.

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