Anote aí na agenda: no entardecer da próxima quarta-feira (2), algumas regiões do Brasil poderão observar um eclipse solar na sua forma parcial. Aqui, no Espírito Santo, será possível ver 4,44% do disco solar eclipsado, entre 17h10 e 17h39, com o auge às 17h37. A informação é da empresa de meteorologia Climatempo.
Em Astronomia, um eclipse é o desaparecimento total ou parcial de um objeto celeste por outro. No eclipse solar, a lua passa entre o sol e a Terra. Para quem está na superfície da Terra olhando para o céu, é a lua que “esconde” o sol. Se o disco lunar não consegue esconder completamente o disco solar, ocorre o eclipse solar anular, que tem a aparência de um anel de incandescente ao redor de um disco preto. Quando o disco lunar esconde só porções do disco solar, então ocorre o eclipse solar parcial.
Os Estados brasileiros que poderão ver o eclipse solar, em ordem crescente de maior visibilidade para o menor, são: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Bahia.
“De forma aproximada, os observadores que estiverem entre as latitudes da cidade de Belo Horizonte e Chuí poderão observar o eclipse como parcial. Mas para todas as pessoas que estiveram em latitudes acima de Belo Horizonte, infelizmente o eclipse não poderá ser observado”, detalhou o professor Marcos Calil, do Urânia Plenário e do Momento Astronômico.
A ilustração abaixo mostra as diferentes faixas de visibilidade do eclipse solar parcial no Brasil. Para quem está na região 1 (cor branca), o eclipse não será visível. Quem está nas regiões 2 (amarelo claro), 3 (amarelo médio) e 4 (amarelo forte) verá um eclipse solar parcial.
O professor Calil ressaltou que “quanto mais ao sul do Brasil, maior será a fração que o disco lunar irá encobrir o disco solar. Em termos mais simples, quanto mais ao sul do Brasil, mais o Sol estará 'cortado'”.
A observação do eclipse solar requer muito cuidado. De acordo com a Climatempo, é preciso proteger os olhos de forma correta, já que a observação direta do sol ou com o uso de artefatos não especializados podem causar danos irreversíveis à visão e até, em casos extremos, cegueira.
Não devem ser utilizadas placas de Raio X, filmes fotográficos, vidros esfumaçados, reflexos em bacias com água e outros artefatos para a observação do Sol.
Existem duas maneiras bem seguras para observarmos um eclipse solar: de forma direta ou indireta.
A primeira maneira, da forma direta, é utilizando uma lente de vidro de solda número 14. Como ela é difícil de ser encontrada, pode ser utilizada a de número 12, porém nunca abaixo desse número. Elas são vendidas em lojas de material de construção.
Para observar o eclipse solar utilizando-se da lente de vidro de solda é necessário seguir, rigorosamente, as etapas:
Já de forma indireta existem várias maneiras seguras. Uma forma simples e interessante é utilizar um escorredor de macarrão ou de arroz que possua furos no formato de círculos. Na verdade, qualquer objeto que possua um furo no formato de círculo, podendo até ser feito numa folha de papel com um simples furar de agulha, pode ser utilizado. Daí é só projetar no chão e pronto.
Para quem não puder ver o eclipse ao ar livre, o professor Marcos Calil estará comandando uma transmissão ao vivo do Urânia Planetário, onde as pessoas vão acompanhar o eclipse solar na sua forma parcial ao vivo, via telescópios e, para os observadores que estiverem nas regiões que poderão observar o eclipse, irão aprender como fazê-lo de forma segura.
O Urânia Observatório está localizado em Atibaia, no interior de São Paulo. Nesta localização será possível observar 9,59% do disco solar eclipsado pelo disco lunar.
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