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Caramujos africanos causam incômodo na Praça da Ciência em Vitória

Caramujos africanos causam incômodo na Praça da Ciência em Vitória

Molusco é considerado uma espécie invasora e é um problema sanitário por transmitir doenças

Publicado em 12 de maio de 2023 às 14:52

Ícone - Tempo de Leitura 2min de leitura
Presença de caramujos na Praça da Ciência tem causado incomodo em Vitória
Presença de caramujos na Praça da Ciência tem causado incomodo em Vitória. (Ricardo Medeiros )
Roberta Costa
Estagiária / [email protected]

A presença dos famosos — e indesejados — caramujos africanos tem incomodado quem frequenta a Praça da Ciência, na Enseada do Suá, em Vitória. Os moluscos, que não são nativos do Brasil, causam preocupação na população por ser um risco à saúde e ao ecossistema brasileiro. O repórter fotográfico Ricardo Medeiros, de A Gazeta, esteve no local e registrou a presença dos animais.

Elias da Silva Lemos, comerciante que trabalha na região, conta que a presença dos animais é constante a muitos anos, mas que em períodos de chuva ocorre um aumento significativo dos caramujos no local. Segundo ele, constantemente seus clientes reclamam dos moluscos e que Prefeitura de Vitória já foi acionada diversas vezes para retirar os animais.

Presença de caramujos na Praça da Ciência tem causado incomodo em Vitória
Presença de caramujos na Praça da Ciência tem causado incomodo em Vitória. (Ricardo Medeiros )

O que diz a Prefeitura de Vitória

Questionada pela reportagem, a administração municipal informou que o Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA) tem realizado, em dois dias da semana, um monitoramento dos pontos de ocorrência de caramujo africano (Achatina fulica) em Vitória. 

Na última sexta-feira (5), a equipe identificou a presença de alguns caramujos africanos na faixa de areia e restinga da Praia da Guarderia. A equipe do setor de Controle de Animais Sinantrópicos do CVSA realizou a catação dos caramujos ali encontrados.

Segundo a prefeitura, o atendimento de demandas sobre infestação de caramujos envolve orientação à população, catação manual em áreas públicas infestadas e, em último caso, aplicação de produtos químicos em áreas públicas para controlar grandes quantidades de caramujos.

"A Secretaria Municipal de Saúde orienta que o cidadão não toque no caramujo africano e que, ao encontrar infestação, o munícipe entre em contato com a Prefeitura por meio do Fala Vitória, onde receberá as devidas orientações", destacou a nota.

Sobre o caramujo africano

O caramujo gigante africano, que tem Achatina fulica como nome científico, é uma espécie invasora, originária da África. Diferente do nome pelo qual é popularmente conhecido, o animal não é um caramujo, e sim um caracol gigante.

O animal foi trazido para o Brasil de forma ilgeal, com o intuito de ser o substituto do escargot —um caracol comestível. Por não ser nativo do Brasil, o molusco é considerado uma praga, causando um grande prejuízo ambiental por ser uma espécie exótica invasora sem predador.

Presença de caramujos na Praça da Ciência tem causado incomodo em Vitória
Presença de caramujos na Praça da Ciência tem causado incomodo em Vitória. (Ricardo Medeiros )

Transmissor de doenças

Além dos impactos ambientais, os caramujos africanos se tornaram um problema sanitário por poderem transmitir duas doenças, sendo elas a meningite eosinofílica e a angiostrongilíase. O animal se torna o transmissor das doenças após se alimentar das fezes de ratos infectados.

A meningite eosinofílica é um tipo de meningite que pode causar cegueira, paralisia e até mesmo levar a óbito. Já angiostrongilíase se manifesta por meio de dores de cabeça fortes e constantes, além de rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso.

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