Publicado em 12 de maio de 2020 às 11:57
Os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) avaliam que os recuos nos preços do petróleo no exterior e dos combustíveis no Brasil "seguirão repercutindo, nas próximas semanas, sobre os preços ao consumidor".>
Na ata do último encontro do colegiado, divulgada nesta terça-feira, o BC destacou que as projeções de curto prazo "experimentaram revisões relevantes e incorporam a perspectiva de deflação significativa nos próximos meses".>
De fato, após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ter anunciado na última sexta-feira uma deflação de 0,31% em abril, os economistas do mercado financeiro passaram a projetar, conforme o Relatório de Mercado Focus, recuo de 0,35% do IPCA em maio. Para junho, a projeção atual é de leve alta de 0,05%.>
"Os resultados mais recentes dos índices de preços evidenciaram efeitos desinflacionários significativos sobre preços de serviços e de bens industriais", pontuou o BC na ata. A autarquia registrou ainda que as projeções de inflação foram influenciadas por hipóteses sobre a trajetória futura do preço do petróleo, "que tem oscilado em patamares historicamente baixos em razão de um choque expansionista de oferta e, principalmente, da queda na demanda global".>
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Assim, para formulação dos cenários de inflação publicados nesta terça na ata, o BC considerou que o petróleo tipo Brent subirá cerca de 40% entre a média da semana anterior à da reunião do Copom e o fim de 2020.>
No cenário híbrido, com juros da Focus e dólar constante a R$ 5,55, a projeção do BC para a inflação estão em 2,4% para 2020 e 3,4% para 2021. No caso do cenário de referência, com juros fixos a 3,75% ao ano e câmbio a R$ 5,55, as projeções são para 2,3% para 2020 e 3,2% para 2021.>
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