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Naufrágio pode atrasar construção da P-71 no Espírito Santo

Naufrágio pode atrasar construção da P-71 no Espírito Santo

Plataforma da Petrobras que será concluída em Aracruz pode demorar mais um ano

Publicado em 21 de maio de 2019 às 23:55

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Estruturas que seriam usadas para a construção da plataforma naufragaram. (Divulgação)

O naufrágio de uma balsa com dois módulos que seriam usados na construção da plataforma de produção de petróleo P-71, da Petrobras, pode atrasar a conclusão do navio, que está tendo o casco produzido na China e depois terá os módulos integrados pelo Estaleiro Jurong Aracruz, no Norte do Estado.

Segundo informações do jornal “Valor Econômico”, se confirmada a perda total dos equipamentos que afundaram no mar de Santa Catarina no sábado (18), a estatal pode sofrer um atraso de pelo menos um ano no cronograma da plataforma e registrar perdas bilionárias na geração de caixa.

Isso porque doze meses seria o tempo mínimo necessário para uma nova construção dos módulos no mercado, de acordo com fontes da indústria naval ouvidas pelo jornal, se os módulos tiverem de ser contratados novamente do zero, o que atrasaria o trabalho de integração no Espírito Santo e, com isso, o início das operações da FPSO (unidade flutuante que produz, armazena e transfere óleo e gás).

Na avaliação do coordenador do Fórum Capixaba de Petróleo e Gás da Findes, Durval Vieira Freitas, apesar da possibilidade, é difícil afirmar que algum atraso ou impacto se dê no Estaleiro Jurong.

“Uma FPSO tem muitos módulos com diversas finalidades. Tem que ver o dano que se teve, se perdeu-se tudo ou se parte é reparável; e tem a questão do planejamento da sequência de montagem que é a Jurong que faz, que pode ser adaptado. Então é difícil prever ainda”, disse.

A tendência, de acordo com o “Valor”, é que a estatal seja ressarcida pela seguradora contra os danos aos módulos, avaliados em cerca de US$ 150 milhões, mas que geralmente não há ressarcimentos contra as perdas de geração de caixa causadas pelo atraso na entrada em operação dos navios.

Com o preço do barril acima dos US$ 70 nos próximos anos, segundo as estimativas do plano de negócios da Petrobras, as perdas da estatal com um atraso de um ano podem superar US$ 3,8 bilhões, considerando-se a operação da embarcação a plena capacidade - de 150 mil barris/dia.

Os módulos estavam sendo transportados em uma balsa da empresa Locar pela companhia de rebocadores Tranship. A Petrobras informou que está realizando trabalhos de inspeção da balsa e de avaliação dos dois módulos da P-71. Ontem, técnicos da estatal, da Marinha e do Ibama sobrevoaram o local e não detectaram presença de óleo no mar.

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A Tranship disse que as condições de navegabilidade da balsa serão avaliadas. Já o Estaleiro Jurong, novamente, não respondeu aos questionamentos.

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