A dívida pública federal subiu 9,5% em 2019 e chegou a R$ 4,248 trilhões, o maior patamar da série histórica.
Os números, divulgados nesta terça-feira (28) pelo Tesouro Nacional, mostram que houve crescimento de 9,5% sobre 2018 na dívida mobiliária federal interna, que foi a R$ 4,083 trilhões.
Enquanto isso, a dívida externa teve uma expansão de 11,7% na mesma base de comparação, a R$ 165,68 bilhões.
A dívida pública é emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, para pagar despesas que ficam acima da arrecadação federal (com impostos, tributos e outros recolhimentos).
O número ficou dentro do planejado pelo governo no começo de 2019. O chamado PAF (Plano Anual de Financiamento) -documento com diretrizes, estratégias e metas para o endividamento público no ano- determinava que o estoque da dívida oscilaria entre R$ 4,1 trilhões e R$ 4,3 trilhões.
Do total da dívida, 18,68% vencem nos próximos 12 meses. O valor representa um aumento em relação ao ano anterior, quando o percentual ficou em 16,32%.
Já o prazo médio de vencimento da dívida está em 3,97 anos, uma queda em relação ao observado em 2018 (4,11 anos).
Participação de estrangeiros A participação dos investidores estrangeiros na dívida pública interna caiu em termos percentuais, de 11,22% ao fim de 2018 para 10,43% ao fim de 2019. Em valores absolutos, no entanto, o patamar subiu na mesma comparação, de R$ 418,4 bilhões para R$ 425,77 bilhões.
Além dos estrangeiros, outros detentores de títulos públicos são instituições financeiras, fundos de investimento, entidades de previdência, seguradoras e o próprio governo.
PERSPECTIVA PARA 2020
Para 2020, a dívida deve alcançar novo patamar recorde. O PAF do ano, divulgado também nesta terça-feira, orienta que a dívida pública federal varie entre R$ 4,5 trilhões e R$ 4,75 trilhões.
O percentual da dívida a vencer em 12 meses deve ficar entre 20% e 23%. Já o prazo médio da dívida deve variar entre 3,9 e 4,1 anos.
Os indicadores do PAF podem sofrer alterações ao longo do ano e servem como uma referência ao mercado, não gerando uma obrigação legal ao Tesouro de cumprir os números divulgados.
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