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Criadores usam até acupuntura para mimar animais valiosos no ES

Criadores usam até acupuntura para mimar animais valiosos no ES

Criadores de cavalo, bois e carneiros instalam espécie de "spa" para dar conforto aos bichos

Publicado em 9 de setembro de 2018 às 23:50

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Cicinho Varejão trata com regalias os animais de competição e reprodução. (LEANDRO NASCIMENTO/HARAS VAREJÃO)

Acupuntura e quiropraxia para relaxar; comida à base de beterraba para melhorar a saúde; ambiente climatizado… tudo isso pode parecer parte de um dia no spa, mas, na verdade, são alguns dos cuidados especiais direcionados a animais premiados e valiosos de pecuaristas do Estado.

Criador da raça de cavalo Quarto de Milha, Cicinho Varejão tem animais de competição e reprodução e, para eles, não mede esforços de investimento. “O Haras Floriano Varejão tem 105 cavalos Quarto de Milha. Tem animais premiados, animais importados e, a partir disso, o preço varia. Um potro, que é o filhote, pode custar de R$ 20 mil a R$ 300 mil”, disse.

De acordo com o veterinário Andrei de Deus Mateus, cuidados especiais, como quiropraxia e acupuntura, são direcionados a alguns animais. “A gente pode aplicar em animais de esporte, minimizando alguns efeitos do trabalho do animal, melhorando a performance, a capacidade muscular e mantendo-o mais equilibrado”, explicou.

Já o produtor rural Marcos Corteletti cria vaca de leite. Para produzir mais e melhor, os animais ficam em ambientes climatizados, com ventiladores e mangueiras, para circular um “vento molhado” no gado. “Isso dá uma sensação térmica muito boa. Como os animais são de clima temperado, da raça holandesa, isso estimula a aumentar a produção”, explicou.

VALIOSOS

Avaliado em R$ 1 milhão, o Líder da SM, cavalo Quarto de Milha, deu muitas alegrias a Cicinho, ao irmão dele, Edmilson, que é seu sócio e também criador da raça. O animal morreu há cerca de dois anos, mas, para mantê-lo vivo, os pecuaristas fizeram um alto investimento.

“Esse cavalo foi para a maior central de equinos do Estado de São Paulo, perto de Sorocaba. A gente gastava, por mês, só para mantê-lo vivo, de R$ 3,5 mil a R$ 4 mil. Lá, ele tinha veterinários 24 horas por dia, baias melhores e a melhor estrutura para viver. Isso porque foi um cavalo que representou muito para a gente, deu muito para a gente. Foi uma forma de reconhecimento”, disse.

Já o criador de ovinos Neuzedino Alves de Assis, de 73 anos, é dono de um dos carneiros mais valiosos do Estado, da raça White Dorper, comprado por quatro sócios a R$ 24 mil. Para se ter uma ideia de valores, um reprodutor de boa qualidade custa, em média, entre R$ 2 mil e R$ 2,5 mil.

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O alto custo do animal faz com que ele tenha algumas regalias. Para ele, foi montada uma área isolada, com piso especial e higienizado uma vez por mês. “É um piso de maravalha, que é raspa da madeira, e fica fofo como uma cama. Uma vez por mês, tira a maravalha e passa a vassoura de fogo. Isso mata qualquer inseto que tenha no lugar, para ele ficar bem asseado”, explicou Assis.

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