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Apesar da crise, construtoras estão otimistas com lançamentos no ES

Apesar da crise, construtoras estão otimistas com lançamentos no ES

Mesmo com cenário adverso, empresas têm intenção de aumentar os lançamentos

Publicado em 14 de julho de 2019 às 23:53

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Operários trabalham em obra de empreendimento: após período sem muitas novidades, mercado imobiliário do Estado aposta em renovação dos estoques. (Arquivo)

Mesmo com a economia nacional ainda patinando e com o leque de entraves locais encontrados nos municípios, as principais construtoras do Espírito Santo estão mais otimistas neste ano e começam a retomar investimentos. É o que aponta a pesquisa “Previsão de Lançamentos Imobiliários na Região Metropolitana de Vitória 2019”, realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon-ES).

Das 20 empresas pesquisadas, apenas uma informou que não pretende realizar lançamentos em 2019. Mais surpreendente que isso, 90% das empresas informaram que pretendem aumentar a quantidade de lançamentos na Grande Vitória em relação ao volume lançado no ano passado, mesmo diante de um cenário econômico adverso, com burocracia e alta carga tributária. Os resultados de 2019 são os mais otimistas desde o início da pesquisa, há seis anos.

Os lançamentos residenciais novamente vão se concentrar mais em Vila Velha, seguido por Vitória, Serra, Guarapari, Cariacica e Fundão. Viana não apresenta previsão. Mais da metade da quantidade de unidades lançadas serão enquadradas no Programa Minha Casa Minha Vida. Dentre as tipologias residenciais, a de apartamentos com 2 quartos representam cerca de 80% do total.

Na avaliação do diretor de Economia e Estatística do Sinduscon-ES, Eduardo Schwartz Borges, muito desse otimismo tem a ver com a troca de governo e a sinalização de uma política econômica mais favorável. “Mudou-se para um governo que demonstra ser mais pró-economia, o que vem muito pela figura do Paulo Guedes, e por isso o empresariado acha que será um ano melhor do que foi o ano passado”, analisa.

Ele ressalta, no entanto, que essas boas expectativas se dão em comparação com os anos anteriores, pelo qual o setor passou por uma crise profunda. “Não é um otimismo de euforia. Quando fala que vai aumentar os lançamentos, é comparação com o ano passado que foi muito fraco, baixíssimo. Não é comparando com dez anos atrás, quando o setor estava em alta. Na crise os consumidores seguram os gastos e acabam não comprando imóveis até mesmo pelo medo de perder o emprego. Por isso a construção é tão afetada”.

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Apesar da desvalorização dos imóveis em Vila Velha e dos problemas locais, a cidade ainda lidera os lançamentos neste ano justamente pelos entraves em Vitória, que são ainda maiores segundo Eduardo. “Os empresários veem muita dificuldade em Vitória. Como a maior parte dessas empresas atuam nos segmentos de médio e alto padrão, basicamente se constrói em Vitória ou em Vila Velha. Então, a opção acaba sendo Vila Velha. Já as outras cidades não têm tanto essas demandas, e sim há mais concentração de imóveis do Minha Casa Minha Vida”, disse.

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