Publicado em 2 de julho de 2020 às 12:10
A alta de 7,0% na produção industrial em maio ante abril foi a mais acentuada desde junho de 2018, quando tinha crescido 12,9%, após a perda provocada pela greve de caminhoneiros no mês imediatamente anterior. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física, iniciada em 2002 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).>
O avanço em maio interrompe dois meses de resultados negativos consecutivos (-9,2% em março e -18,8% em abril), mas elimina apenas uma pequena parte da queda de 26,3% acumulada em março e abril.>
"O crescimento se dá sobre uma base de comparação muito baixa. Inclusive a queda de abril foi a mais intensa da série histórica. É natural esse crescimento (de maio) em função de o mês de abril ter sido muito caracterizado por uma interrupção e paralisações de plantas produtivas. Então, com a volta da produção em maio, mesmo que de forma parcial, há algum tipo de acréscimo em relação aos meses anteriores", disse André Macedo, gerente na Coordenação de Indústria do IBGE.>
Mesmo com o desempenho positivo mais acentuado em maio, a indústria ainda opera 34,1% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.>
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"É um crescimento importante, ainda assim o patamar de produção é o segundo mais baixo da série histórica, ele fica acima só do patamar registrado em abril. As perdas em função da pandemia da Covid-19 foram muito intensas em março e abril", completou Macedo. >
Na comparação com maio de 2019, a produção recuou 21,9% em maio de 2020, o sétimo resultado negativo seguido e a segunda queda mais acentuada da série histórica, atrás apenas do desempenho de abril (-27,3%).>
Na pesquisa divulgada nesta quinta-feira (2), o IBGE revisou o resultado da produção industrial em março ante fevereiro, de -9,0% para -9,2%. A taxa de fevereiro ante janeiro passou de 0,6% para 0,7%. >
Na categoria de bens de capital, a taxa de abril ante março passou de -41,5% para -40,7%, enquanto o resultado de março ante fevereiro saiu de -15,5% para -16,2%. A taxa de fevereiro ante janeiro passou de 0,9% para 1,6%, e o resultado de janeiro ante dezembro foi revisto de 12,4% para 13,0%.>
Os bens intermediários tiveram o desempenho de abril ante março revisto de -14,8% para -15,1%.>
A taxa dos bens de consumo duráveis em abril ante março foi revista de -79,6% para -79,1%, enquanto a de março ante fevereiro passou de -23,7% para -24,2% e a taxa de fevereiro ante janeiro passou de -0,1% para 0,6%.>
No grupo bens de consumo semi e não duráveis, a taxa de abril ante maio passou de -12,4% para -12,1%. O resultado de março ante fevereiro saiu de -12,0% para -12,1%, e o desempenho de fevereiro ante janeiro passou de -0,3% para -0,2%.>
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