E professor de Economia

Vitória cresceu, mas precisa evoluir em inclusão e áreas de convivência

A tarefa para o presente e futuro da cidade é pensar em como torná-la mais inclusiva social e culturalmente

Publicado em 13/09/2019 às 10h26
Atualizado em 14/09/2019 às 05h34
Fotos aéreas para o aniversário de Vitória. Crédito: Felipe Mota
Fotos aéreas para o aniversário de Vitória. Crédito: Felipe Mota

De Cidade Presépio cantada em verso e prosa por seus ares bucólicos e aspectos provincianos, Vitória transformou-se nas últimas cinco décadas em um centro de uma dinâmica região metropolitana. Às suas características de sede dos poderes estaduais foram sendo adicionadas dinamismo econômico próprio; concentração de equipamentos culturais, educacionais e de lazer e oferta de serviços que a tornaram o mais importante centro urbano de território que extrapola os limites da geografia capixaba.

Às vésperas do encerramento da segunda década do século XXI, Vitória é a cidade que encanta por suas belezas naturais e agrada pelo que oferece a seus moradores e a quem a visita. Espaços voltadas para produções científicas, educacionais, culturais, de saúde e lazer abrigam grupos com qualidade reconhecida no provimento de serviços até pouco tempo atrás buscados em centros maiores.

Muita coisa está feita; a tarefa principal para o presente e futuro da cidade é pensar em como torná-la mais inclusiva social e culturalmente, e mais atualizada com padrões de convivência que caracterizam as cidades no século XXI. A começar pela presença do poder público em bairros onde o que chega é majoritariamente a presença violenta das forças de segurança. Trabalhar com a população desses bairros que deseja o exercício da cidadania econômica, social e política a partir de processos democráticos de participação popular pode ser o caminho.

Ao poder público cabe também prover espaços nas principais artérias de circulação da cidade que permitam transformá-las de vias de passagem rápida de automóveis em áreas de convivência de pessoas que moram ou trabalham próximas a elas, ou por onde simplesmente passam. Praças requalificadas; calçadas mais largas e com áreas de respiro para quem por elas caminha; prioridade para bicicletas e transporte público de passageiros com a demarcação de faixas exclusivas são instrumentos utilizados em outras cidades para fomentar a convivência. Passou a hora de fazer coisas assim por aqui.

Equipamentos públicos e privados como centros culturais, teatros, galerias, salas de música e cinema, dentre outros, podem integrar mais suas programações. Alguns precisam voltar a abrir suas portas, como o Maes e o Majestic; o Saldanha e o Carmélia precisam ser revitalizados; o Cais das Artes precisa ser finalizado para ancorar projetos de maior dimensão.

Tão bonita que ela é, Vitória merece ser melhor cuidada para que seus encantos sensibilizem mais a tantos que dela gostam.

 

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