Entrada da Gruta do Limoeiro, em Castelo
Entrada da Gruta do Limoeiro, em Castelo. Crédito: Luiz Gonçalves

Gruta do Limoeiro: história e curiosidades da maior caverna do ES

Por conta da profundidade e dos vários salões internos, gruta em Castelo é o mais importante Sítio Arqueológico do Estado. Lá foram achados fósseis indígenas de 4,5 mil anos

Tempo de leitura: 3min
Vitória
Publicado em 24/10/2022 às 06h42

Construir é edificar, e parte da história do município de Castelo, no Sul do Estado, está dentro de uma formação rochosa, localizada na comunidade de Limoeiro. A Gruta do Limoeiro, além de ser considerada a maior do Espírito Santo, é classificada como mais importante Sítio Arqueológico em território capixaba por conta da profundidade e dos vários salões internos.

As visitas à caverna acontecem de terça a domingo e duram de 40 minutos a uma hora. O passeio dentro da gruta é cheio de descobertas e pode ser feito por adultos e crianças, sendo todo o percurso guiado por um profissional.

“A água da chuva vai infiltrando a rocha e traz o cedimento de calcário. Dessa forma, a rocha vai crescendo por baixo e por cima. As gotículas de água pingando por milhares de anos foram transformando a gruta no que ela é hoje”, explicou o guia turístico Reginaldo Cesconetto.

AULA DE HISTÓRIA

Antes de o visitante percorrer os trechos de formações rochosas, ele passa por uma verdadeira aula de história no memorial da gruta. O local é o ponto de partida da visitação, onde o visitante recebe explicações sobre a história do local. 

Memorial localizado na Gruta do Limoeiro em Castelo
Memorial localizado na Gruta do Limoeiro em Castelo. Crédito: Luiz Gonçalves 

Morador da Serra, na Grande Vitória, o professor Jackson Santos aproveitou que estava em Castelo para visitar a Gruta do Limoeiro, e se surpreendeu com o que presenciou.

“Não imaginava que seria dessa proporção que pude presenciar aqui. Local interessante, que traz muitas histórias, o que é importante para nossa cultura”, destacou.

Esse conjunto de riquezas histórico e cultural faz parte de Castelo a partir da Gruta do Limoeiro, já que o local faz parte da formação do município desde a era das cavernas. O historiador André Casagrande explica que além de índios, escravos e imigrantes também passaram pela região, que há milhares de anos era ocupada por água. 

Visitação guiada na Gruta do Limoeiro em Castelo
Visitação guiada na Gruta do Limoeiro em Castelo. Crédito: Luiz Gonçalves 

Além de fotos e explicações sobre a história da gruta, logo na entrada do local o visitante também consegue ver marcações onde fósseis indígenas de aproximadamente 4,5 mil anos foram encontrados. As áreas são demarcadas e estão preservadas até hoje.

“As pesquisas encontraram sepultamento de seres humanos que viveram há 4,5 mil anos antes de Cristo. São os primeiros habitantes que temos notícia que viveram na nossa região. Como eram nômades, não tinham residência fixa e a gruta fazia esse papel como lugar de dormir e de refeição. A Gruta do Limoeiro está presente e passa por todas as fases da história de Castelo”, contou o historiador.

E parte dessa história deve-se a família da aposentada Ilda Camporez, que ajudou a descobrir a gruta. “Sabendo que [a gruta] já foi mar e que, depois, vieram os índios. É muito importante saber que isso aqui é da gente. Não troco por nada”.

Gruta do Limoeiro, ponto turístico de Castelo, no Sul do ES

Paredões rochosos que formam a Gruta do Limoeiro em Castelo
Paredões rochosos que formam a Gruta do Limoeiro em Castelo. Luiz Gonçalves | TV Gazeta Sul
Paredões rochosos que formam a Gruta do Limoeiro em Castelo
Paredões rochosos que formam a Gruta do Limoeiro em Castelo. Luiz Gonçalves | TV Gazeta Sul
Paredões rochosos que formam a Gruta do Limoeiro em Castelo
Paredões rochosos que formam a Gruta do Limoeiro em Castelo. Luiz Gonçalves | TV Gazeta Sul
Paredões rochosos que formam a Gruta do Limoeiro em Castelo
Paredões rochosos que formam a Gruta do Limoeiro em Castelo
Paredões rochosos que formam a Gruta do Limoeiro em Castelo

SERVIÇO

A Gruta do Limoeiro fica a 23 km de Venda Nova do Imigrante e a 54 km de Cachoeiro de Itapemirim. O acesso é feito pela Rodovia Pedro Cola. Para visitar o local é cobrada uma taxa de R$ 10 — estudantes e idosos pagam meia entrada.

Com informações da repórter Bruna Hemerly, da TV Gazeta Sul 

A Gazeta integra o

Saiba mais

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.

A Gazeta deseja enviar alertas sobre as principais notícias do Espirito Santo.