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RJ registra casos de dengue tipo 3, que não circulava no estado desde 2007

RJ registra casos de dengue tipo 3, que não circulava no estado desde 2007

Foram identificados com a dengue tipo 3 uma mulher de 39 anos, moradora de Paraty (a 250 km do Rio de Janeiro), e uma criança de 1 ano que vive em Maricá (a 60 km do Rio de Janeiro)

Publicado em 6 de abril de 2024 às 22:38

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O governo do Rio de Janeiro confirmou nesta sexta-feira (5) dois casos de dengue tipo 3. Segundo a secretaria de Saúde, esse sorotipo da doença não circulava no estado desde 2007.

Foram identificados com a dengue tipo 3 uma mulher de 39 anos, moradora de Paraty (a 250 km do Rio de Janeiro), e uma criança de 1 ano que vive em Maricá (a 60 km do Rio de Janeiro). Os dois casos ocorreram em fevereiro, e os pacientes passam bem. As amostras coletadas foram analisadas por técnicos do Laben (Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels) e FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Mosquito Aedes aegypti,  transmissor da dengue
Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. (Pixabay)

A dengue é uma doença viral transmitida sobretudo pelo mosquito Aedes aegypti. Em 2024, o Brasil bateu recordes históricos de casos da doença, com mais de 1,8 milhão de diagnósticos em 78 dias.

"O sorotipo 3 não tem diferença importante em relação aos outros tipos 1 e 2, os sintomas são parecidos. O diferencial é que ele não circula há muito tempo. Por isso, existem pessoas suscetíveis a este vírus e a longo prazo isso pode mudar o cenário atual da prevalência dos sorotipos 1 e 2. Não é um sinal de alerta ou de piora", afirmou a secretária estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Claudia Mello.

Um levantamento da secretaria estima que cerca de 4,8 milhões de pessoas podem estar vulneráveis a este sorotipo.

"As vigilâncias locais vão avaliar os contatantes, investigar como foram as jornadas desses pacientes e, ao longo do tempo, vamos entender como esses casos se apresentaram e se houve possível contaminação nas famílias", disse a líder da pasta.

Segundo a secretaria, os sintomas do tipo 3 são os mesmos dos tipos 1, 2 e 4: febre alta, com mais de 38°C, dor no corpo e nas articulações, náuseas e vômitos, dor atrás dos olhos, falta de apetite e eventuais manchas vermelhas no corpo.

O município do Rio de Janeiro anunciou, no dia 29 de março, o fim do estado de epidemia de dengue na capital, e desmobilizou os polos de atendimento. O governo do estado, no entanto, manteve o decreto de epidemia para os outros municípios, apesar de as projeções apresentarem tendência de queda.

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O estado chegou a ter 26.048 casos na oitava semana epidemiológica do ano, mas registrou 5.465 na 13ª semana, que representa o fim de março. Em 2024, o Rio de Janeiro registrou, em seus 92 municípios, 91 mortes e 186.624 casos prováveis de dengue. A taxa de incidência está em 1.162 casos para cada 100 mil habitantes.

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