Publicado em 12 de julho de 2022 às 07:33
Uma segunda mulher se apresentou na Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, para testemunhar contra o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra. Ele foi preso em flagrante na madrugada desta segunda-feira (11) pelo estupro de uma paciente que estava dopada e passava por uma cesárea no Hospital da Mulher Heloneida Studart.>
Familiares de uma mulher de 23 anos afirmaram aos policiais que ela também foi vítima de estupro durante uma cesárea realizada no mesmo hospital, no dia 6 de julho. Sua mãe afirma que a filha saiu totalmente dopada do procedimento e que acordou apenas no dia seguinte à noite.>
Ainda segundo a mãe, a filha acordou com uma substância branca no pescoço. Inicialmente, a família achou que era resultado de algum procedimento do hospital. Quando assistiu ao noticiário nesta segunda e viu que o médico havia sido preso, ela concluiu que sua filha também havia sido vítima de um estupro.>
Delegada responsável pelo caso, Barbara Lomba diz que, para apurar se a paciente realmente também foi vítima de estupro, será necessário "puxar o prontuário, ver por que [houve] a sedação, verificar qual era a equipe presente e quais procedimentos ele [o anestesista] adotou". >
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Em entrevista a jornalistas, a segunda vítima disse que está indignada porque o médico teria se aproveitado de um momento vulnerável para cometer o crime. Ela afirmou que deseja que o anestesista fique preso por muito tempo e que outras mulheres o denunciem.>
A família já passava por um momento difícil, já que os gêmeos nasceram prematuros. Um acabou morrendo e foi enterrado neste domingo (10). O outro ainda está na UTI neonatal. A mãe disse que Bezerra chegou a passar na sala de cirurgia após a cesárea e agiu normalmente, como se nada tivesse acontecido. O marido da paciente não foi autorizado a acompanhar a cirurgia.>
O anestesista foi preso depois que funcionários da unidade de saúde o filmaram colocando o pênis na boca da paciente durante a cirurgia. O caso foi revelado pela TV Globo e o conteúdo dos vídeos foi confirmado pela reportagem.>
Segundo a polícia, desconfiadas da postura do médico, enfermeiras do hospital decidiram usar um aparelho de telefone celular para registrar o que ele fazia durante as cirurgias. O suspeito foi indiciado por estupro de vulnerável, crime que tem pena de 8 a 15 anos de prisão. Em nota, o advogado Hugo Novais, que defende o anestesista, disse que se manifestará sobre a acusação após ter acesso aos depoimentos e outros elementos de prova apresentados na audiência de custódia.>
Nas imagens, a paciente aparece deitada na maca, inconsciente. Um lençol estendido sobre duas barras de ferro separa os demais médicos, que fazem a cesariana, de Bezerra, que está em pé próximo à cabeça da mulher.>
Em determinado momento, ele retira o pênis de dentro da calça e o coloca na boca da paciente, enquanto olha para os lados seguidas vezes. A violência se estende por cerca de dez minutos. Ao fim, o anestesista limpa com um lenço o rosto da vítima e o próprio pênis.>
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