Publicado em 18 de fevereiro de 2022 às 17:26
O presidente Jair Bolsonaro afirmou não ser possível prevenir todas as tragédias como a que ocorreu em Petrópolis, onde ao menos 120 pessoas morreram e mais de 200 estão desaparecidas em razão das fortes chuvas no início da semana.>
Em visita à cidade da região Serrana do Rio de Janeiro, o presidente disse que o orçamento prevê investimento para evitar as ocorrências. Contudo, declarou haver uma limitação de recursos.>
"Medidas preventivas estão previstas no orçamento. Ele é limitado. Muitas vezes não temos como nos precaver de tudo que possa acontecer nesses 8,5 milhões de quilômetros quadrados, área territorial do Brasil", afirmou ele à imprensa.>
A reportagem mostrou que a gestão do governador Cláudio Castro (PL) executou apenas metade do previsto no orçamento do ano passado em prevenção de catástrofes.>
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"A população tem razão de criticar, mas aqui é uma região bastante acidentada. Infelizmente houve outras tragédias aqui. Pedimos a Deus que não ocorram mais e vamos fazer a nossa parte", afirmou ele.>
O ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) também destacou o grande volume de chuvas que caiu na cidade, o maior em 90 anos segundo a Defesa Civil.>
Ele afirmou ainda que "nenhum meteorologista previu" o aumento das chuvas no verão, informação básica do regime de precipitações no país, intensificada pela crise do clima.>
"Até agosto, a pauta era a falta de chuvas e a crise hídrica. Nenhum meteorologista no Brasil previu o que aconteceria no final do ano. Pelo contrário, falavam em falta de água e energia", afirmou o ministro.>
Marinho afirmou que serão liberados R$ 1 bilhão de recursos emergenciais para Petrópolis e outras 50 cidades do país em situação de emergência ou calamidade pública em razão das chuvas, o que ele chamou de "catástrofes climáticas".>
Castro defendeu o trabalho de resgate de vítimas na cidade. Muitas famílias têm se queixado da falta de bombeiros para o auxílio na localização de corpos. Há muitos casos de moradores trabalhando sozinhos cavando a lama em busca de amigos e parentes.>
"Não adianta ter gente demais aqui. Há um problema sério de trânsito. O local ainda está instável. Não adianta botar 2, 3, 4.000 pessoas ali", afirmou o governador.>
"Quem manda é a técnica. Temos número suficiente de acordo com o que a técnica manda. Não adianta encher de gente, porque vai criar mais confusão e dificilmente vamos conseguir ajudar a população.">
O ministro Braga Netto (Defesa) afirmou que há engenheiros e outros militares prontos para mobilização, aguardando a estabilização do terreno.>
"O terreno é de difícil estabilidade. Precisa-se de estudo geológico muito pesado para não corrermos mais risco. Temos mais gente em condição de vir para cá, mas temos que controlar a vinda desse pessoal", declarou o ministro.>
De acordo com o Corpo de Bombeiros, chegarão de outros estados 41 cães farejadores para auxiliar nas buscas. Atualmente são 16 animais, que precisam de 12 horas de descanso.>
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