Publicado em 5 de julho de 2020 às 18:45
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) determinou neste domingo (5) a soltura do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio Filho, preso temporariamente desde 26 de junho no âmbito dos inquérito que apura os atos antidemocráticos.>
Moraes, no entanto, estabeleceu uma série de restrições a Eustáquio Filho. Ele não pode ter qualquer tipo de contato com pessoas indicadas na petição, como parlamentares aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), e outros militantes bolsonaristas, como o blogueiro Allan dos Santos.>
A decisão também o proíbe de frequentar as redes sociais apontadas como meios da prática dos crimes sob apuração.>
Ele também terá que manter uma distância mínima de um quilômetro da Praça dos Três Poderes e das casas dos ministros do STF.>
>
Moraes também proíbe Eustáquio de mobilizar, organizar ou integrar manifestações de cunho ofensivo a qualquer um dos Poderes ou de seus integrantes, bem como os atos que incitem a animosidade das Forças Armadas contra qualquer instituição de Estado.>
Por fim, o blogueiro também está proibido de se ausentar do Distrito Federal sem autorização judicial.>
A prisão de Oswaldo Eustáquio Filho havia sido autorizada por Alexandre de Moraes. Ele estava em Campo Grande (MS). A Polícia Federal argumentou no pedido de prisão que havia risco de fuga do investigado.>
No inquérito, a Procuradoria-Geral da República disse ao Supremo que Eustáquio defendeu uma "ruptura institucional de maneira oblíqua". Ele é sócio da Target Journal Comunicação.>
O blogueiro é próximo da ativista Sara Winter, líder de um grupo armado de extrema direita. Ela cumpre prisão domiciliar por ordem de Moraes.>
Oswaldo Eustáquio Filho negou, em depoimento à Polícia Federal na quinta-feira (2), que tivesse participado de manifestações antidemocráticas e incentivado atos contra instituições como o STF e Congresso Nacional.>
Interrogado na superintendência de Brasília, para onde foi transferido após ser preso, ele atribuiu a infiltrados ofensas dirigidas ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito dos atos antidemocráticos no tribunal.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta