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Liderança do PSL: grupo de Bivar acusa Planalto de traição

Liderança do PSL: grupo de Bivar acusa Planalto de traição

O Delegado Waldir entregou o cargo de líder do partido na Câmara e o deputado Eduardo Bolsonaro assumiu o posto. Uma nova lista para a liderança do partido está sendo feita

Publicado em 21 de outubro de 2019 às 15:55

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Luciano Bivar, presidente do PSL. (Agência Senado)

Agência FolhaPress - A ala ligada ao presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), acusa o Palácio do Planalto de traição e prepara nova lista para retomar a liderança do partido na Câmara, com o deputado Delegado Waldir (GO). "O governo traiu o acordo. Agora, segue o jogo", disse à reportagem o deputado Junior Bozzella, ligado a Bivar. O grupo deve, agora, trabalhar pela suspenção do deputado Eduardo Bolsonaro (SP) do partido.

De acordo com Bozzella, o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, ligou para Bivar na manhã desta segunda-feira (21) pregando a pacificação.

Em seguida, no entanto, "descumprindo o acordo", segundo Bozzella, Eduardo apresentou uma lista à Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara para assumir a liderança do PSL na Casa.

Em nome desse acordo, Waldir chegou a entregar o cargo de líder do partido na Câmara. O anúncio da desistência das suspensões e do cargo de líder foi feito por meio de um vídeo caseiro gravado pelo próprio Waldir na manhã desta segunda-feira (21), no qual se pode notar que ele lê uma mensagem pronta. O material foi divulgado por sua assessoria de imprensa. "Venho a público fazer um esclarecimento, o meu partido, o PSL, decidiu retirar a ação de suspensão de cinco parlamentares. E aceitamos democraticamente uma nova lista que foi feita por parlamentares. Já estarei à disposição do novo líder para de forma transparente passar para ele toda a liderança do PSL", disse o deputado.

Ao falar que as suspensões foram desfeitas, Waldir se refere à decisão tomada na semana passada pelo comando do partido. Bivar anunciou a suspensão de cinco deputados ligados ao presidente -Carlos Jordy, Alê Silva, Bibo Nunes, Carla Zambelli e Filipe Barros. O objetivo da manobra era impedir que eles representassem a legenda em qualquer atividade na Câmara, incluindo a votação para líder da bancada.

O deputado, que na semana passada foi gravado dizendo que poderia implodir o presidente Jair Bolsonaro (PSL), não faz nenhuma menção direta ao seu nome, mas manda um recado para o Palácio do Planalto ao dizer que o Poder Executivo não pode interferir no Legislativo.

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A atual crise no partido tem como origem o esquema de candidaturas de laranjas do PSL, caso revelado pelo jornal Folha de S.Paulo em uma série de publicações desde o início do ano. O episódio é um dos elementos de desgaste entre o grupo de Bivar e o de Bolsonaro, que ameaça deixar o partido.

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