> >
Google vai exigir processo de verificação para campanhas políticas em 2022

Google vai exigir processo de verificação para campanhas políticas em 2022

A medida foi anunciada nesta sexta-feira (15). Ferramenta de buscas vai limitar segmentação para anúncios e disponibilizará relatório sobre gastos eleitorais

Publicado em 15 de outubro de 2021 às 15:51

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
Google entrou com recurso junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de revogar ordem judicial
Google entrou com recurso junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de revogar ordem judicial . (Reuters/Folhapress)

O Google anunciou nesta sexta-feira (15) que vai exigir um processo de verificação para campanhas políticas em anúncios veiculados na ferramenta de busca. A medida faz parte de um pacote da empresa para auxiliar o processo eleitoral de 2022.

Os anunciantes já foram notificados em 15 de setembro, e a medida passa a ser obrigatória em 17 de novembro.

A empresa classifica como campanha política todos aqueles que queiram divulgar campanhas de partidos políticos, titulares de cargos públicos eletivos federais ou candidatos à Câmara, ao Senado, à Presidência e à Vice-Presidência.

Para o processo de verificação, é necessário que o anunciante forneça documentos que mostre quem alega ser. Se o anunciante não passar por este processo, ele ficará desabilitado a subir novas campanhas na plataforma.

Segundo a política de anúncio do Google, a empresa exige que todos os anúncios eleitorais mostrem uma nota identificando quem pagou por eles. Para formatos maiores, a empresa pede que o anunciante gere uma declaração "Pago por", de acordo com as informações fornecidas durante o processo de verificação.

O Google também vai limitar a segmentação para as campanhas eleitorais, e os anunciantes terão acesso somente a filtros de localização geográfica, por faixa etária e gênero. Outros anunciantes, por exemplo, conseguem usar a ferramenta de forma mais ampla, como segmentação por afinidades do usuário.

Além das restrições para anúncios eleitorais, o Google também vai disponibilizar no primeiro semestre de 2022 um relatório público com informações sobre os anunciantes na plataforma.

A ferramenta também está em funcionamento em Israel, Austrália, Estados Unidos, Índia, Nova Zelândia, Taiwan, União Europeia e Reino Unido.

"Qualquer pessoa terá acesso detalhado sobre gastos, quantidade de anúncios, valor investido e outras informações a depender da base de dados coletada pela empresa com o processo de verificação" ,diz Natália Kuchar, advogada e especialista em anúncios e plataformas de publicidade do Google.

Kuchar também afirma que a empresa não faz segmentações por escolhas políticas, sendo impossível um usuário que seja de esquerda receber mais anúncios relacionados aos ideais do usuário.

"Por regra, a empresa não permite segmentação política. Os anúncios na busca são direcionados com base no contexto, na palavra-chave que o usuário está procurando", diz.

O Google também afirmou dar continuidade às parcerias com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para capacitação e divulgação de conteúdos de utilidade pública sobre eleições, que acontecem desde de 2014.

A empresa também disse que continuará apoiando o Comprova, coalizão que reúne a Folha e 32 veículos na checagem de conteúdos sobre coronavírus, políticas públicas e eleições.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais