A França disse que está disposta a contribuir na restauração do Museu Nacional do Rio de Janeiro, destruído no domingo por um incêndio.
Em um momento em que todo o Brasil está chocado, a França está disposta a ajudar a restaurar o Museu Nacional, afirmou o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, em um discurso no Museu do Louvre de Abu Dhabi, inaugurado em 2017.
Quero fazer uma declaração para expressar a solidariedade das autoridades francesas frente ao trágico incêndio que devastou no domingo outro local cultural excepcional, disse ele.
O Museu Nacional do Rio de Janeiro é uma das joias do Brasil. Abrigava coleções de paleontologia, artefatos greco-romanos, uma coleção egípcia e o fóssil humano mais antigo descoberto no Brasil, ressaltou o ministro. Assim como o Louvre, é um símbolo de diálogo das culturas. Com as chamas, desapareceu uma parte da memória da humanidade.
Inaugurado em 1818, o Museu Nacional do Rio era o maior museu de história natural e antropológica da América do Sul, com mais de 20 milhões de peças e uma biblioteca com mais de 530 mil títulos.
A vice-diretora do museu, Cristiana Serejo, explicou que por trás desta tragédia estão a falta de dinheiro e uma burocracia muito grande. Além disso, ela disse que os detectores de fumaça não estavam funcionando e que o local não tinha seguro de incêndio.
Entre as peças insubstituíveis, os brasileiros lamentam a perda da Luzia, a primeira brasileira, que viveu há mais de 12 mil anos na região das Américas, e do Bendengo, o maior meteorito descoberto no país, segundo a Unesco.
O Louvre de Abu Dhabi, museu projetado pelo arquiteto francês Jean Nouvel, foi inaugurado em novembro de 2017 graças a um acordo cultural sem precedentes de 30 anos entre Paris e Abu Dhabi.
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