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ANA diz que está monitorando onda de rejeitos da barragem em MG

ANA diz que está monitorando onda de rejeitos da barragem em MG

A Agência Nacional de Águas afirmou ainda que está coordenando ações para manutenção do abastecimento de água e a qualidade para as cidades que captam água ao longo do Rio Paraopeba

Publicado em 25 de janeiro de 2019 às 21:43

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Barragem da Vale se rompe em Brumadinho, na Grande BH, em Minas Gerais. (Alan Silva Gomes)

A Agência Nacional de Águas (ANA) informou nesta sexta-feira (25), por meio de nota, que está monitorando a onda de rejeitos após o rompimento da Barragem da Mina do Feijão, em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo a agência, havia a preocupação de que o rejeito atingisse a Usina Hidrelétrica Retiro Baixo, mas que a barragem da usina, localizada a 220 quilômetros (km) do local do rompimento, possibilitará amortecimento da onda de rejeito. "Estima-se que essa onda atingirá a usina em cerca de dois dias", diz a nota.

A agência disse ainda que está coordenando ações para manutenção do abastecimento de água e a qualidade para as cidades que captam água ao longo do Rio Paraopeba.

"Estamos em constante comunicação com os órgãos e autoridades federais e estaduais, inclusive no âmbito de recente Acordo de Cooperação sobre Segurança de Barragens, que está permitindo troca facilitada e mais rápida de dados sobre a situação no local do evento".

De acordo com a agência reguladora, a fiscalização da barragem rompida, de acumulação de rejeito de mineração, cabe à autoridade outorgante de direitos minerários, no caso, o antigo Departamento Nacional de Produção Mineral, transformado em dezembro do ano passado na Agência Nacional de Mineração (ANM).

Segundo o Cadastro Nacional de Barragens, elaborado pela Agência Nacional de Mineração (ANM) e encaminhado à ANA, a barragem rompida tinha baixo risco de acidentes e alto potencial de danos.

Divulgado em novembro do ano passado, com dados referentes a 2017, o documento aponta 45 barragens com risco de rompimento, mas a barragem da Vale não estava nessa lista. No total, o relatório mostra que o país tem 24 mil barragens identificadas para diversas finalidades, como geração de energia, acúmulo de água ou rejeito de minérios, caso da barragem rompida hoje.

A reportagem da Agência Brasil enviou mensagem para a a Agência Nacional de Mineração, para que se posicionasse sobre a fiscalização da barragem, mas até o momento não teve retorno.

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